tag:blogger.com,1999:blog-2965409156918102452024-03-05T11:23:08.673+00:00Dicas de Fotografia - Foca essa Foca<i>...dicas de fotografia</i>Mário Pereirahttp://www.blogger.com/profile/04819114825173346317noreply@blogger.comBlogger15125tag:blogger.com,1999:blog-296540915691810245.post-41115681765619803832011-10-11T19:58:00.001+01:002023-06-19T11:31:32.338+01:00Fotografia MacroQuem não fica fascinado ao ver uma fotografia de um insecto ampliado e apreciar pormenores indistinguíveis a olho nu?
<br/>
Não há dúvida que a fotografia macro nos permite descobrir um mundo novo. Neste artigo vamos falar sobre as várias alternativas disponíveis para capturar este tipo de imagens.
<br/>
<br/>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://olhares.aeiou.pt/posa_mari_posa_foto4293456.html" target="_blank"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvFKv-JQixQKJBFNchl8gg7HsOhXNbQzC_nZvXL3kfrNkgSzJVs7vngud0S6PpXpxaTH5U5XT7OGaic_0OYN4QQBZpL0e5omWLulXEtXoo3D6U0P9CcP1E7pIxcHAsuKZBvtXVsbiKJX0/s600/mari.jpg" alt="Fotografia Macro" /></a></div>
<br/>
<br/>
<br/>
<h2>O que é a fotografia macro?</h2>
<br/>
Embora este termo seja aplicado de forma geral para qualquer fotografia onde o objecto é retratado de uma forma muito próxima, muitos apenas classificam uma fotografia como macro quando o seu factor de magnificação é igual ou superior a 1:1. Este factor é a relação entre o tamanho, no mundo real, do motivo fotografado e a sua representação no plano do sensor ou filme.
<br/>
<br/>
No exemplo abaixo, foi utilizada uma câmara com um sensor APS-C de aproximadamente 2.2cm de comprimento. Como podemos confirmar na fotografia do meio, quando a magnificação é 1:1, a imagem é representada em tamanho real no plano do sensor. Por outras palavras, 2.2cm da régua preenchem completamente o enquadramento da fotografia.
<br/>
<br/>
<table cellpadding="0">
<tr>
<td>
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi97QK8znoWPB9_3EErbXew71jfzo6DLQZwB_j1gtkEKtnvZScp3-ayE1fz1UiUM4kCn4iyKuREBj30eWAf9uwE9Xj_dR5JFzpx8JuVs0ABqu1MjM63VGJX3O4RttyjkQtTysZJ8QE2taM/s200/IMG_4255.jpg" width="200" alt="Fotografia Macro 1:2" />
</td>
<td>
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUjFd2kf4uq4eijlfkC2mNihvE6Y2_AYOGjsAxLS6uWk3OQwY7yC7RP2kiYtdTZ7v0vXRPfWK8AhYv6tknR-wjbftzsWMqVM_2_4hyphenhyphenZ3d4Ffcj1IBMjUYX9hr3zPG8mXe8uhjhdAPKxko/s200/IMG_4254.jpg" width="200" alt="Fotografia Macro 1:1"/>
</td>
<td>
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8qyhcJZRNamzL7TRRJpoBfKV1-KrE9Amxi4lNzm4G_P3oh_NBmmL99UwHIkFknIMclXDRnnfiivMY6JCQMPVSiFqWebFOrnXQP4CvsCr0jXgOo0WNBQniaK86V8hcxaS8HpmbEfFFdrI/s200/IMG_4254-2.jpg" width="200" alt="Fotografia Macro 2:1"/>
</td>
</tr>
<tr>
<td valign="top" align="center">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">1:2 ou 0.5x</span>
</td>
<td valign="top" align="center">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">1:1 ou 1x</span>
</td>
<td valign="top" align="center">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">2:1 ou 2x</span>
</td>
</tr>
</table>
<br/>
<br/>
<br/>
<h2>Que material necessito?</h2>
<br/>
De forma a conseguirmos magnificações mais elevadas, temos de aproximar mais a objectiva do motivo. O que acontece é que todas as lentes têm uma distância mínima de focagem, a partir da qual não é possível focar.
<br/>
Para ultrapassar esta "barreira" temos várias alternativas:
<br/>
<br/>
<ul>
<li>
<b><u>Objectiva macro dedicada</u></b><br/>
Esta é a solução mais simples e versátil mas, também, a mais dispendiosa. As lentes macro dedicadas têm a particularidade de permitir focar muito mais perto que uma objectiva "normal" conseguindo, assim, magnificações de 1:1 ou superiores. Alguns exemplos com excelente qualidade são:
<ul>
<li><a href="https://www.canon.pt/For_Home/Product_Finder/Cameras/EF_Lenses/Macro/EF_100mm_f2.8_Macro_USM/" target="_blank">Canon 100mm f/2.8 USM Macro (1:1)</a></li>
<li><a href="https://www.nikon.pt/pt_PT/product/nikkor-lenses/auto-focus-lenses/fx/single-focal-length/af-s-vr-micro-nikkor-105mm-f-2-8g-if-ed" target="_blank">Nikkor 105mm f/2.8G AF-S VR Micro (1:1)</a></li>
<li><a href="https://www.sony.com.br/eletronicos/cameras-digitais/sal100m28/" target="_blank">Sony 100mm f/2.8 SAL100M28 (1:1)</a></li>
<li><a href="https://www.tamron.com/pt/photolens/di_macro/272e.html" target="_blank">Tamron 90mm f/2.8 SP AF Di Macro (1:1)</a></li>
<li><a href="https://www.sigmaphoto.com/product/150mm-f28-ex-dg-os-hsm-apo-macro-2" target="_blank">Sigma 150mm F2.8 EX APO DG HSM Macro (1:1)</a></li>
<li><a href="https://www.canon.pt/For_Home/Product_Finder/Cameras/EF_Lenses/Macro/MP-E_65mm_f2.8_1-5x_Macro_Photo/" target="_blank">Canon MP-E 65mm f/2.8 1-5x Macro (5:1)</a>
<br/><br/></li>
</ul>
</li>
<li>
<b><u>Tubos de extensão</u></b><br/>
São tubos vazios que são colocados entre a objectiva e o corpo da câmara e diminuem a distância mínima de focagem. A vantagem desta alternativa é poderem ser usados com qualquer objectiva e, uma vez que não contêm elementos de vidro, não degradam a qualidade da imagem.
<br/><br/>
</li>
<li>
<b><u>Lente invertida</u></b><br/>
Possivelmente a solução mais económica de todas, pois podemos usar uma lente que já tenhamos. Esta técnica consiste em virar a lente ao contrário. Para tal, existem adaptadores que permitem encaixar a lente invertida na câmara. As lentes fixas entre 28mm e 50mm são as mais usadas nesta técnica, sendo a magnificação maior quanto menor a distância focal da lente. É necessário ter em conta que, pelo facto de a lente ser invertida, deixa de ser possível controlar a abertura da mesma através da câmara. Por este motivo, é preferível inverter objectivas de controlo manual.
<br/><br/>
</li>
<li>
<b><u>Lentes <i>close-up</i></u></b><br/>
Estas lentes enroscam-se na parte frontal da objectiva e funcionam como uns óculos de ver ao perto, permitindo focar a distâncias menores.
<br/><br/>
</li>
<li>
<b><u>Tele-conversores</u></b><br/>
São lentes que são colocadas entre a câmara e a objectiva e permitem ampliar a imagem. Se usarmos um tele-conversor de 2x com uma lente de 200mm teremos um efeito parecido ao de usar uma lente de 400mm. Como os tele-conversores mantêm a distância mínima de focagem, na prática estaremos a duplicar a capacidade de magnificação da objectiva.
<br/><br/>
</li>
<li>
<b><u>Combinações</u></b><br/>
Para obter maiores magnificações, estas técnicas podem ser combinadas e também usadas com tele-conversores. É possível, por exemplo, usar um tele-conversor, seguido de um tubo de extensão e uma lente invertida.
</li>
</ul>
<br/>
<br/>
Independentemente da alternativa escolhida, um dos maiores desafios da fotografia macro é conseguir luz suficiente para capturar as imagens. Tal como foi referido anteriormente, a <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/09/profundidade-de-campo.html">profundidade de campo</a> diminui à medida que nos aproximamos do motivo. Em fotografia macro estas aproximações são extremas e, desta forma, muitas vezes estaremos a lidar com profundidades de campo inferiores a 1mm.
<br/>
A forma de aumentar a profundidade de campo é diminuir a <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/08/nocoes-basicas-de-fotografia.html#Abertura">abertura</a> da lente. Como sabes, quanto menor for a abertura, menos luz passará no mesmo intervalo de tempo e é este o motivo pelo qual precisamos de muita luz para este tipo de fotografia.
<br/>
<br/>
Desta forma, para obter fotografias de qualidade, torna-se quase imprescindível o uso de um ou mais <i><b>flashes</b></i> com difusores. A boa notícia é que grande parte destes difusores <a href="https://www.google.pt/search?hl=en&safe=off&q=flash+macro+diffuser&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.,cf.osb&biw=1280&bih=899&um=1&ie=UTF-8&tbm=isch&source=og&sa=N&tab=wi" rel="nofollow" target="_blank">pode ser feito em casa!</a>
<br/>
<br/>
<br/>
<h2>Algumas dicas para começar...</h2>
<br/>
<ul>
<li>Persistência. Os primeiros resultados podem ser desanimadores porque muitas imagens vão ficar tremidas ou com o foco no ponto errado. Não desistas! Tenta perceber onde estás a errar e continua a praticar. A fotografia macro não é fácil, mas vale a pena!</li>
<li>Se estiveres a fotografar animais, escolhe os olhos como ponto de foco.</li>
<li>Qualquer movimento da câmara é ampliado em fotografia macro. Procura não usar velocidades abaixo de 1/200 (principalmente sem <i>flash</i>).</li>
<li>Muitas vezes os insectos parecem fugir sempre que nos aproximamos. Experimenta aguardar 5 minutos no mesmo sítio e, por vezes, eles perdem o medo e voltam.</li>
<li>Cuidado com o fundo! Com a emoção de estar, finalmente, a conseguir fotografar o insecto que queríamos, frequentemente não prestamos atenção ao fundo e o resultado são fotografias desinteressantes esteticamente. Tenta enquadrar o insecto de forma a que o fundo fique desfocado e verás que o motivo principal irá ganhar muito mais destaque.</li>
<li>Experimenta com diferentes aberturas para obteres a profundidade de campo pretendida. Tenta não usar aberturas inferiores a f/14 para não perderes demasiada nitidez devido à difracção da luz.</li>
<li>Usa focagem manual. Aproxima-te ou afasta-te do motivo para ajustar o foco com precisão.</li>
<li>Respeita sempre os animais.</li>
<li>Diverte-te! :)</li>
</ul>Mário Pereirahttp://www.blogger.com/profile/04819114825173346317noreply@blogger.com31tag:blogger.com,1999:blog-296540915691810245.post-83754787887925230142011-06-30T19:50:00.004+01:002013-01-15T17:57:56.134+00:00Sharpening (Aumentar a Nitidez)Já te aconteceu veres fotos em galerias na internet e perguntares-te: <i>"Porque é que as minhas fotos não ficam assim tão nítidas? Talvez se tivesse uma câmara e uma lente melhor..."</i>
<br/>
<br/>
É indiscutível que há lentes mais nítidas que outras mas, quando falamos em imagens de tamanho reduzido como as que vemos na internet, há outro factor que tem uma importância enorme: O <b><i>sharpening</i></b> ou, em português, aumentar a nitidez.
<br/>
<br/>
<br/>
<h2>O que é o <i>sharpening</i>?</h2>
<br/>
<br/>
As imagens que vemos num ecrã de um computador são representadas por um conjunto de quadrados chamados píxeis. Cada píxel tem apenas uma única cor que o preenche completamente.
<br/>
<br/>
Imagina a seguinte situação:
<br/>
Uma câmara de 12 Megapíxeis cria fotos com 12 000 000 píxeis. Se redimensionarmos uma foto para um tamanho menor, com 750p de comprimento e 500p de altura (dimensões padrão de algumas galerias <i>on-line</i>), vamos criar uma imagem com 750*500 = 375 000 píxeis. Isto significa que vamos <u>deitar fora 97% dos píxeis</u> e, com eles, grande parte dos detalhes da imagem!
<br/>
<br/>
Como é natural, ao perder tantos píxeis a imagem vai perder definição e nitidez. É aqui que entra o <i>sharpening</i>! Quando aplicamos este processo, vamos fazer com que as imagens pareçam mais nítidas e, até, mais focadas.
<br/>
<br/>
A imagem abaixo foi reduzida a partir de um original com 12 Megapíxeis. Passa o rato por cima para veres a versão com <i>sharpening</i> aplicado. Notas a diferença?
<br/>
<br/>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3NScvaOTZdy6JBxyYT-NdfjgsGIpQw162bBx7OQSZQQjfwwUXmeJ5Mwn6cUbq3mTjX9WT-RfKzNoNqUBX0J5nu8IR3J7-x7zo0mfi-5nHlzrS3586crolMdAKd_BnVImDl-HCWfwwDdI/" onmouseover="this.src='https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLDWXPqo6CERQWNTdV38EUpzveNJbcsxYXV1rmFOtZ9LPSmlprIuea4okrIVULTXA3VB85pobdMDMNbYs7Gs91I6OlIPro9zipQsMCDKqRheGGthfFknVt-M1dyAKSJ16H2p-6xSuVhSI/'" onmouseout="this.src='https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3NScvaOTZdy6JBxyYT-NdfjgsGIpQw162bBx7OQSZQQjfwwUXmeJ5Mwn6cUbq3mTjX9WT-RfKzNoNqUBX0J5nu8IR3J7-x7zo0mfi-5nHlzrS3586crolMdAKd_BnVImDl-HCWfwwDdI/'"/></div>
<br/>
<br/>
<br/>
<h2>Como aplicar o <i>sharpening</i>?</h2>
<br/>
<br/>
Este processo pode ser aplicado de várias formas e está disponível em, praticamente, todas as ferramentas de edição de imagem.
<br/>
<br/>
No Photoshop, podemos fazer, por exemplo, da seguinte forma:
<ul>
<li>Redimensionar a imagem em <i>"Image" -> "Image Size"</i>.</li>
<li>Escolher o tamanho pretendido, garantindo que temos a opção <i>"Constrain Proportions"</i> seleccionada, de forma a manter as proporções originais.</li>
<li>No menu, seleccionar <i>"Filter" -> "Sharpen" -> "Unsharp Mask"</i>.</li>
<li>Como ponto de partida escolher 0.5 píxeis no <i>Radius</i>, 0 no <i>Threshold</i>, modificar o <i>Amount</i> até a imagem ficar no ponto pretendido e clicar <i>OK</i>.</li>
</ul>
<br/>
<br/>
Como com qualquer outra técnica de processamento de imagem, é preciso ter muito cuidado para não exagerar. Como podes ver na imagem abaixo, é muito fácil fazer com que uma fotografia deixe de parecer natural quando se aplica <i>sharpening</i> em excesso!
<br/>
<br/>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6RcolkNWFDK6Av2YHgCZr6-KhxiFmNU0OXmZO9lVG1xKpfe3BaHH1FQR55KPNQ1pjWM7j5IparLroEY7hCn4biuZW727XFrZDuc7aLWcqjd3YTJfI4hTq6XPa8wXFmT8xAaenG9f0fAA/" /></div>
<br/>
<br/>
<br/>
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Conclusão</span>
<br/>
<br/>
Actuamente, grande parte dos amantes de fotografia têm as suas fotos expostas em alguma galeria <i>on-line</i>.
<br/>
Alguns destes serviços aplicam os seus próprios algoritmos de <i>sharpening</i> às imagens que enviamos. É por esta razão que as fotos do <i>flickr</i> tendem a parecer mais nítidas que as de outros <i>sites</i> que se limitam a redimensionar as imagens, quando o seu tamanho ultrapassa o recomendado. Pessoalmente, prefiro a segunda opção porque me dá mais controlo sobre o aspecto final da fotografia.
<br/>
<br/>
Se queres garantir que as tuas imagens têm a melhor qualidade possível nos <i>sites</i> que não fazem <i>sharpening</i> automático, o melhor é fazeres tu o redimensionamento, aumentar a nitidez e enviar a imagem já com o tamanho recomendado pelo <i>site</i>. Garanto-te que vais notar a diferença!
<br/>
<br/>
<br/>
Como sempre, se tens algum truque que queiras partilhar, podes fazê-lo nos comentários!
<br/>
<br/>
<br/>Mário Pereirahttp://www.blogger.com/profile/04819114825173346317noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-296540915691810245.post-36686654335265379022011-04-27T22:19:00.012+01:002023-06-19T11:33:33.226+01:00Composição FotográficaNeste artigo vamos fugir um pouco da parte técnica e concentrar-nos, apenas, na componente estética da fotografia. A razão pela qual tenho insistido nos aspectos mais técnicos deve-se ao facto de acreditar que, para conseguirmos atingir os resultados que pretendemos, devemos dominar completamente as ferramentas de que dispomos. No entanto, nunca nos podemos esquecer que a fotografia é uma arte e, como tal, a componente estética é da maior importância.
<br/>
<br/>
Sempre que tiramos uma fotografia temos de tomar várias decisões no que diz respeito à composição. Com o tempo elas vão começar a ser tomadas de uma forma mais instintiva mas é importante, numa primeira fase, fazer um esforço para pensar e ponderar os seguintes pontos:
<br/>
<br/>
<br/>
<h2>O que incluir na imagem?</h2>
<br/>
<br/>
Eu gosto de pensar nesta questão ao contrário: O que excluir da imagem?
<br/>
<br/>
Charles Mingus, um grande compositor e músico de jazz, uma vez disse: <i>"Tornar o simples complicado, isso é comum. Tornar o complicado simples, incrivelmente simples, isso é criatividade."</i>
<br/>
<br/>
Todos os elementos da imagem vão competir entre si pelo protagonismo. Apenas devemos incluir os elementos que têm importância para a composição ou para a história a ser contada pela fotografia. Se tivermos isto em conta, iremos criar imagens com mais força e significado que vão ser mais agradáveis à vista. Desta forma, o espectador irá "absorver" a imagem de uma forma muito mais natural e não vai ter dificuldade em distinguir o motivo ou motivos principais da foto.
<br/>
<br/>
<br/>
<h2>Como organizar e dispor os elementos na imagem?</h2>
<br/>
<br/>
Depois de decidirmos o que incluir, é necessário pensar a forma em que vamos dispor os elementos na fotografia. Ao contrário da imagem captada pelos nossos olhos quando presenciamos algo, uma fotografia é bi-dimensional e está limitada a uma área, normalmente um rectângulo.
<br/>
<br/>
Felizmente, ao longo de séculos de artes gráficas, foram sido concebidas ideias sobre como criar imagens mais agradáveis à vista. Embora estas ideias sejam frequentemente denominadas por "regras de composição", é importante perceber que são apenas sugestões. A fotografia é uma arte, não tem regras!
<br/>
<br/>
<br/>
<h2>"Regra" dos Terços</h2>
<br/>
<br/>
Talvez a sugestão de composição mais conhecida. O seu conceito é bastante simples: Dividir a imagem em 3 partes horizontais e 3 partes verticais iguais.
<br/>
Os elementos mais importantes da imagem devem ser colocados nas linhas ou nas suas intersecções.
<br/>
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">(Passa o rato por cima das imagem para as veres sem as linhas)</span>
<br/>
<br/>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgt_kv147nvm2WjZgyXByWU4I-hQ2Ie3rRVX50h6ZqrXnPkAoG_NRBLC-T0Jky89pSNbLa-56zwYDKqRmlB95PTPP3yZKZVo0Xn_ewVbMN1l6kBGsYuWaGzJ9D4MtTOODwQzAppJOQNnd4/" onmouseover="this.src='https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmZyuRR8rbqPAnRzcFvPNVUZw4VO3LKaNcGaS8MYu027yVLDL200CKQL18gqfOpq6Fb3Q8yrodwO5wkNbaRCOVDFprCfpu1yaAfaEK_by5MOY5gjiefFEX4wSaqibf4cBeSfhdqEGRbUo/'" onmouseout="this.src='https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgt_kv147nvm2WjZgyXByWU4I-hQ2Ie3rRVX50h6ZqrXnPkAoG_NRBLC-T0Jky89pSNbLa-56zwYDKqRmlB95PTPP3yZKZVo0Xn_ewVbMN1l6kBGsYuWaGzJ9D4MtTOODwQzAppJOQNnd4/'"/></div>
<br/>
<br/>
<br/>
<h2>Proporção Dourada ou Divina</h2>
<br/>
<br/>
Este conceito é baseado na sequência de Fibonacci, onde cada número é a soma dos dois anteriores: 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34...
<br/>
É fascinante a forma como esta sequência está presente na natureza e como é usada em muitas obras de pintura, escultura e arquitectura. Aconselho a ver este vídeo:
<br/>
<br/>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe title="YouTube video player" width="500" height="304" src="https://www.youtube.com/embed/kkGeOWYOFoA" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br/>
<br/>
Na prática este conceito é muito parecido à "regra" dos terços - a diferença está nas proporções. Em vez de usar o rácio 1.5 é usado o rácio dourado: 1.618 (limite das divisões de cada número da série Fibonacci pelo anterior)
<br/>
<br/>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNwn5Z2BKf80PdMxdyhWTKQu2N9zW42bqYK1y7EKRsO0iOMEGdkgcBMMAWNIyL2wKQeof5Yb6ovDkVwJALnCOVfo6RyiXJTrgPJTMnIDaxpqB6aNicHzZQVJlVwNCKetszCdbGIgJ4Ci8/" onmouseover="this.src='https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMeQ_Vf0983WMP-s7fC7VNgeBp0dqMFbPoGhCgwxy63_g9yYH6a0z1-DxU2aKbgupmKFMTs5YJBSLE7QLBh1MFQTxtEyqlcwANy-NHBHrtw536RoeM_Gbd3W5XtC1LoWdOaAzGdK2Tze8/'" onmouseout="this.src='https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNwn5Z2BKf80PdMxdyhWTKQu2N9zW42bqYK1y7EKRsO0iOMEGdkgcBMMAWNIyL2wKQeof5Yb6ovDkVwJALnCOVfo6RyiXJTrgPJTMnIDaxpqB6aNicHzZQVJlVwNCKetszCdbGIgJ4Ci8/'"/></div>
<br/>
<br/>
Com base no mesmo rácio pode ser criada a espiral dourada.
<br/>
<br/>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEfZPi3w9GqCDV31fk-gLvTyBtA-0FgN7Ijw0OEHaRgETGm7uj2cs7NFL0FJK7Ieo_vDqa934xhb95X2Ha8OBX7STAVeaVy6FvV-OI_kmrXAhCdka4AVX4sbn5dSJ60QzlhuofDu9Tmyg/" onmouseover="this.src='https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc4j-Xg7eXOy2NSt-ur4SEUOtyMPTKtiRTfIH2vJbenA1dpuVf_xGpzYSLZYEtp-rfsU6u6GS9jx5xX_RXsVnPkRyCbMg4Dg_AH8dc-Nn0aaKv9SSTP2M7udhtPrBYjclgoewP-KRQW3s/'" onmouseout="this.src='https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEfZPi3w9GqCDV31fk-gLvTyBtA-0FgN7Ijw0OEHaRgETGm7uj2cs7NFL0FJK7Ieo_vDqa934xhb95X2Ha8OBX7STAVeaVy6FvV-OI_kmrXAhCdka4AVX4sbn5dSJ60QzlhuofDu9Tmyg/'"/></div>
<br/>
<br/>
<br/>
<br/>
<h2>Linhas</h2>
<br/>
<br/>
As linhas horizontais dão a sensação de estabilidade.
<br/>
<br/>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIV9j5ZZ82-AymgxoPZaV9QtfIdclaAyEvF3vKFtHS13Ty7Mkqpu_drpmgKoAO4tINvYipBKSAHB3f5BUTDzxCIjeNiecNPWRBe5a0Ai5u42Jx27bPRqcWYClED7MJOonCtHtsuKYxLak/" /></div>
<br/>
<br/>
Linhas diagonais ou curvas transmitem dinamismo.
<br/>
<br/>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFI3ipF73kbU_RAuOcmgQzi0_RzLpRGMY3Qc_dMxrFbS3ZZQXk4o_SCUP9Km9_yjUp7fa50lLnpNKqGRmFaWm17hsUevpxQ_9twVhb5_X7PU4lP4fkpewvgpqLxiI3-II2Gc9JVVXQ88o/" /></div>
<br/>
<br/>
Os nossos olhos têm tendência para segui-las, portanto, podemos usá-las para guiar o espectador para uma determinada zona da imagem.
<br/>
<br/>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBloBJ0FSbCpxC1sEKwVD2OvO2o5CVYfGwGWvUWtF4i2RjEnoTEPDUkJlDuV8WoosNkM7a8F5vLPRd15VrlD6pD1J386Q2FXxzM_lEfJ0TLWrawztdxJh9eyL7wAqZuDxJecGaXfMGq3Y/" /></div>
<br/>
<br/>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0J_LFXGiQ1B5wjJJqvXAOf3KAnL1fXUhUpOzlPGd5MyLjW0-S-SvtNryRXMHDsniZcryVbNdg9LQIX-URl75jBxUhyjspxrG6gCEGdYP6KKqYDZa859JNmwR_JbyEP-r67xnffOYS88Y/" /></div>
<br/>
<br/>
<br/>
<h2>Perspectiva</h2>
<br/>
<br/>
Alterar a perspectiva é uma das melhores formas de modificar a composição. À medida que nos aproximamos do motivo, o seu tamanho aumenta em relação aos outros elementos da imagem.
<br/>
<br/>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizIPNJisCo0emoJSu71ZKhco5PK0zJZCb7C24Yi-xYh6bvrPHBdsNaCC8XnFmr9stjfFfGK_D2BE4AA_Bmx9vJGU4SYCSxwcJHFLhvPV4zGoJJOWjKHxX1YZrSYd9dcqK7QccbuI0WsC8/" /></div>
<br/>
<br/>
<br/>
<h2>Outras ideias...</h2>
<br/>
<br/>
Deixar espaço na direcção do olhar/movimento do motivo principal.
<br/>
<br/>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTa2t-tHeRMtVtnVyieqOiZM2L_HJyw0Cn8vPgRTRqyCSjZiXQX1sU4gJPfSjl4yBLKDv90xk0myHL0Tn3rOD-2hndcFFHtL2HG_qVQlH4ShRzchXIZn5RrVAZ8ab-3r1zmzoH9b8SILo/" /></div>
<br/>
<br/>
Jogar com a simetria, padrões e cores.
<br/>
<br/>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhx5FUnoFm6FywqCdvATLSsLcfLQhyphenhyphen3kODPina3Sw_tvGges_7ZB9oHBUl4dUkmFuYXExV8jRDRqGcvbXJsAwP32FRA1554-zlsqCCuKS-YyOKkmFR71WmUKaGBCe2ahzjuQXbj1q4al44/" /></div>
<br/>
<br/>
O simples facto de nos abaixarmos pode melhorar radicalmente uma imagem.
<br/>
<br/>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPbswAcL59DU8nEbVfBGDfTpmmDVAX_vmuqk3pQUKFNYx7-tU9kR7DzSPu357Rl0j3-5DTN_DvbT12cRvrgcRlSXZvkOG7RclWskLymeI0x7CAWJbQ5zOQ-D2EVcpuS46DgWINMa7TFGo/" /></div>
<br/>
<br/>
<br/>
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-large;">Conclusão</span>
<br/>
<br/>
Ao contrário da parte técnica, a composição é um assunto muito subjectivo. O que é bonito para uns pode não agradar a outros e acredito que é possível tirar grandes fotografias sem o mínimo conhecimento destes conceitos. No entanto, ainda que nenhuma destas ideias garanta uma boa foto, estou convencido que podem ajudar a conseguirmos melhores imagens.
<br/>
<br/>
Da próxima vez que tirares uma foto, antes de carregares no botão, pensa no que podes fazer para melhorar a composição. Será que podes aproveitar alguma linha ou linhas? Subir a um sítio mais alto para mudar a perspectiva? Aproximar-te? Excluir algum elemento que não seja essencial? Usar a "regra" dos terços ou a espiral dourada?
<br/>
<br/>
<br/>Mário Pereirahttp://www.blogger.com/profile/04819114825173346317noreply@blogger.com16tag:blogger.com,1999:blog-296540915691810245.post-65739605548315729082011-02-03T22:01:00.005+00:002023-06-19T11:36:28.515+01:00Compensação da Exposição (EV +/-)Todos nós já verificamos que, em certas situações, a câmara não escolhe a <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/08/nocoes-basicas-de-fotografia.html#Exposicao">exposição</a> que nós pensamos ser a correcta e presenteia-nos com imagens demasiado escuras (sub-expostas) ou demasiado claras (sobre-expostas).
<br/>
<br/>
Se estivermos a fotografar no <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/09/modo-manual.html">modo manual</a>, podemos corrigir a exposição alterando a <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/08/nocoes-basicas-de-fotografia.html#VelocidadeDoObturador">velocidade do obturador</a>, a <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/08/nocoes-basicas-de-fotografia.html#Abertura">abertura</a> ou o <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/09/sensibilidade-iso.html">ISO</a> manualmente de forma a compensar o erro de medição.
<br/>
Se estivermos a usar um modo automático, como o <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/09/modos-da-camara.html#ProgramaP">Programa</a>, <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/09/modos-da-camara.html#PrioridadeAVelocidade">Prioridade à Velocidade</a> ou <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/09/modos-da-camara.html#PrioridadeAAbertura">Prioridade à Abertura</a>, temos de recorrer à função de Compensação da Exposição (Exposure Compensation).
<br/>
<br/>
<br/>
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Como funciona?</span>
<br/>
O conceito é muito simples. Tiramos uma foto e verificamos no LCD da câmara se ficou com a exposição que pretendemos.
<ul>
<li>Caso tenha ficado sub-exposta compensamos positivamente (+EV).</li>
<li>Caso tenha ficado sobre-exposta compensamos negativamente (-EV).</li>
</ul>
<br/>
Normalmente as câmaras permitem compensar a exposição entre -2EV e +2EV, sendo esta funcionalidade activada a partir de um botão parecido com este <img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqxD1CgLtvSLrttXoywVHtefyWo1pXowCoZ9-IKEDbF5XF_VBKJXKB8s3uAIY99ZlCoNl0zB9fkq23C_J8Tmq12aOaSvvZal1xCdsM1IIMcJyAeoBpqxEkp9gTPZfyc0-NhvHdMbTdomc/" width="14"/>. Para saberes como utilizar esta função na tua câmara, aconselho-te a ler o manual de instruções porque o processo pode variar de modelo para modelo.
<br/>
<br/>
<br/>
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-large;">Alguns casos típicos</span>
<br/>
<br/>
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Contra-luz</span>
<br/>
<table>
<tr>
<td>
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPTDY-9Nzowh_xPWbQVRDLHN6n2i610VGjWdyUSXiKqh2ZfNrmD6wdhLUUMYI8h_JzUlZMfWZixrfl9HuzvHhNQYdWaCPtdK8f6U_zI-vPgBg9tzhGMy_0c48UpnIsHUmQCSqq0Zplt7Q/" />
</td>
<td>
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy4gzn_UoLR3N6pB0uePRvd92Ntkqrgp8Ttf6EV6LHUhzjDYw-1C6ADCEMlexrsno2Bv3bsXQ9rCqoEufaS4fWP0JxvAUUDYnotfYoXjeviU6WQ3x-Fr4g8J5oh6oFuogB8xOQUnI58i0/" />
</td>
</tr>
<tr valign="top">
<td>
Exposição correcta, segundo a câmara.
</td>
<td>
Nesta foto pretendia capturar um pouco mais do detalhe da estrutura. Para tal, fiz uma compensação da exposição de +1 EV.
</td>
</tr>
</table>
<br/>
<br/>
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Amanhecer ou anoitecer</span>
<br/>
<table>
<tr>
<td>
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0Il-5P_-f8sHjPybE0ZKGlcIVJD2B3gxF3SuRx4ziTWF1LvfyU7YYnRLD79npn1tzXEXXO_SCMZbpaj7yzVLbjtX_0J7T1td4Z7zS-EgfgB0JDNuxQgdiwI_ZWv6exZ1_wTqEvqVY9H8/" />
</td>
<td>
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyCOZ0c6r4o9WMSTLhpAk9VGc1rcpS4ElorS1nZUIf-Z8L4X-ls5Ky_Z0gEBhpyR2pYi3cJFeMwySzFxy60Dyw-kFhbEalXVOezOvGUiPrNo_1H-LurlgjEgWrLnvtENP9AOTp_6cjXXM/" />
</td>
</tr>
<tr valign="top">
<td>
Exposição correcta, segundo a câmara.
</td>
<td>
Esta foto foi tirada antes do nascer do sol e precisei de compensar a exposição com -2 EV para conseguir reproduzir as tonalidades que o céu apresentava no altura.
</td>
</tr>
</table>
<br/>
<br/>
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Motivos pretos/brancos (ou quase)</span>
<br/>
<table>
<tr>
<td>
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzyjcVF-aZfQnUuAeI1WW8ltO6vmM2BTyXBqrJKKvcylO-AKw5Lq9lVNAhXNNCw5328K6t6fC2lk1x0nB9jfvWPXTNU4NlcHZJVTR00h5lrPXjqSmNTEsfdBSNyQN4K1Vw2HwWqzWih94/" />
</td>
<td>
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyGppg7ntNdJlkKzNxTk8wlu2tM441SftfJId8oNO42AegdHP6uFiVGOtSQQGG6bGDu-qmxhTjtfwMRnytcLTUszfogHFskWm_3RWDHUbrSE7Wwlovo1oh2NY0cOPZEw8LVeSMTv_BA8E/" />
</td>
</tr>
<tr valign="top">
<td>
Exposição correcta, segundo a câmara.
</td>
<td>
Ao medir a luz na cabra, por esta ser preta, a câmara sugeriu uma exposição mais clara porque achou que estava escuro. Neste caso, foi preciso compensar a exposição com -2 EV.
<br/>
Pelo motivo inverso, se o motivo for branco, a câmara vai sugerir uma exposição mais escura e teremos de compensar com EV positivo.
</td>
</tr>
</table>
<br/>
<br/>
Com a prática, vamos aprendendo a identificar estas situações e fazer a devida compensação mesmo antes de tirar a foto. No entanto, convém sempre dar uma olhadela ao LCD para nos assegurarmos que as fotografias ficaram bem expostas.
<br/>
<br/>
<br/>
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Conclusão</span>
<br/>
A medição de luz das câmaras modernas é bastante avançada e, na maior parte das vezes, não necessitamos de recorrer à compensação da exposição. No entanto, como podes ver, existem situações em que a medição da câmara não é a ideal e nós, como bons fotógrafos que somos, temos de saber dar a volta à situação! :)
<br/>
A câmara é apenas uma ferramenta e temos de a dominar a 100% para conseguirmos tirar as fotos como as idealizamos, independentemente da situação.Mário Pereirahttp://www.blogger.com/profile/04819114825173346317noreply@blogger.com18tag:blogger.com,1999:blog-296540915691810245.post-38665190189729711172011-01-04T20:56:00.002+00:002023-06-19T11:37:39.644+01:00Fotografia NocturnaNo que diz respeito a esta arte, a verdade mais absoluta é que sem luz não há fotografia e, consequentemente, fotografar em condições de luz insuficiente torna-se um desafio.
<br/>
Sem algumas noções sobre fotografia com pouca luz, tirar uma foto nítida e com a exposição correcta pode revelar-se uma verdadeira dor de cabeça.
<br/>
<br/>
O problema surge quando não conseguimos escolher uma velocidade do obturador suficientemente rápida para a foto não ficar tremida. Uma forma simples de saber qual a velocidade mínima que podemos usar é seguir a seguinte regra: V.Min. = 1/Dist. Focal
<br/>
Ou seja, se tivermos uma distância focal de 50mm, a velocidade mínima segura para a foto não ficar tremida é 1/50s (partindo do princípio que o objecto a fotografar está imóvel).
<br/>
<br/>
Quando este limite é atingido e não podemos aumentar mais o ISO sem estragar a foto com o ruído, temos de tomar decisões.
<br/>
As situações que podemos encontrar são variadíssimas e não existe uma fórmula mágica que resolva todos os problemas. Precisamos de nos fazer as seguintes perguntas:
<br/>
<br/>
<ul>
<li>Posso usar flash?</li>
<ul>
<li>Em alguns locais não é permitido o seu uso.</li>
<li>Os flashes têm um alcance limitado. Assim sendo, não os podemos utilizar se quisermos fotografar algo que não esteja perto.</li>
</ul>
<li>Quero usar flash?</li>
<ul>
<li>A luz artificial produzida pelo flash é geralmente muito dura dando, por vezes, um aspecto pouco natural às fotos.</li>
</ul>
<li>Vou fotografar sem flash e preciso de <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/08/nocoes-basicas-de-fotografia.html#VelocidadeDoObturador">tempos de exposição</a> longos para captar luz suficiente. Como faço para a foto não ficar tremida?</li>
<ul>
<li>Se tiver o tripé à mão e puder usá-lo, está resolvido!</li>
<li>Senão... vou ter de apoiar a câmara em algo.</li>
</ul>
</ul>
<br/>
Apenas após analisar todas as condicionantes podemos tomar as decisões que nos irão permitir obter a foto que idealizamos.
<br/>
<br/>
<table>
<tr>
<td>
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH6TUVOH7SfONeZicJRq1f3-MqttH1BDCZ3NGUnMfzYH08TSI9nAoi8fohicX7vs8qV8N_83A5DBUdHkTI8kCA0i7-V2Q36uY6UxA4DauvsZcnUQokWETuRxQrHYR12Px4Qw8JFKaG1ds/" />
</td>
</tr>
<tr>
<td valign="top" align="center">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Velocidade: 15 seg | Abertura: f/8 | ISO: 100 </span>
</td>
</tr>
</table>
<br/>
<br/>
Esta foto foi tirada a partir de um quarto de hotel em Toronto. Devido à distância a que estava dos prédios, usar flash estava completamente fora de questão - tinha de recorrer a uma longa exposição.
<br/>
<br/>
Na altura não tinha o tripé comigo e, para garantir que a câmara estava imóvel enquanto o obturador estava aberto, tive de improvisar colocando-a em cima de uma caixa no parapeito da janela.
<br/>
<br/>
Regulei o valor da <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/09/sensibilidade-iso.html">sensibilidade ISO</a> para 100 para evitar ruído na imagem.
<br/>
<br/>
Para aumentar a <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/09/profundidade-de-campo.html">profundidade de campo</a> de forma a permitir que todos os prédios ficassem focados, precisava de usar uma <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/08/nocoes-basicas-de-fotografia.html#Abertura">abertura</a> pequena. Escolhi o modo de <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/09/modos-da-camara.html#PrioridadeAAbertura">prioridade à abertura</a> e inseri um valor de abertura de f/8.
<br/>
Neste modo, após premir o botão do obturador até meio, a câmara automaticamente calculou uma velocidade de 15 segundos para obter a exposição correcta.
<br/>
<br/>
Estava tudo preparado e só faltava carregar no botão. No entanto, este último e aparentemente simples passo pode ter uma implicação muito grande na nitidez da fotografia. Mesmo usando um tripé, por mais cuidadosos que sejamos, ao carregarmos no botão do obturador vamos criar algum tipo de vibração.
<br/>
Para resolver este problema usei o temporizador de disparo automático da câmara regulado para 10 segundos (outra solução seria recorrer a um disparador remoto que é um comando que permite disparar à distância).
<br/>
<br/>
Et... voilà! Uma recordação de Toronto à noite que dificilmente teria se apenas usasse o modo automático da câmara. O mais provável teria sido o flash saltar e ficar com uma linda foto do reflexo da luz no vidro da janela :)
<br/>
<br/>
<br/>
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-large;">Experimentar e aperfeiçoar</span>
<br/>
<br/>
Aconselho-te vivamente a fazer experiências em casa, sem qualquer tipo de pressão. Desta forma, podes aperfeiçoar a tua técnica e os conhecimentos para depois os aplicares quando for necessário.
<br/>
<br/>
A foto em baixo foi tirada quando comprei o tripé e explorava as longas exposições a partir da varanda. Até aqui, não acreditava em fantasmas :)
<br/>
<br/>
<table>
<tr>
<td>
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4qduDHdh_0PfPNq59kILilPuDWCrK1MlNGhZzuDI9hZRnnQIu2Fe97LMy6uMDVvE6hAHoRBuZl1emEwzsAKG9kDDrmqqamq5oNPR32YQPlbjkwVCuUibwkIWaIRecdb6P5j3_-5WP9Ls/" />
</td>
</tr>
<tr>
<td valign="top" align="center">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Velocidade: 10 seg | Abertura: f/8 | ISO: 100 </span>
</td>
</tr>
</table>
<br/>
<br/>
<br/>
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-large;">Conclusão</span>
<br/>
<br/>
A fotografia nocturna pode trazer resultados muito interessantes. Apenas devemos ter em conta que vamos precisar de tempos de exposição mais prolongados para conseguir captar luz suficiente. Para tal, temos de recorrer a um tripé ou a um apoio para que as fotos não fiquem tremidas.
<br/>
O importante é usar a criatividade e brincar com as luzes. Experimenta incluir luzes em movimento, como as de carros a passar.
<br/>
<br/>
Boas fotos e não te esqueças de partilhar!Mário Pereirahttp://www.blogger.com/profile/04819114825173346317noreply@blogger.com15tag:blogger.com,1999:blog-296540915691810245.post-7508546189170705592010-12-12T20:32:00.006+00:002023-06-19T11:37:58.048+01:00Fotografia a Preto e BrancoTalvez por ter nascido nos anos 80, época em que a fotografia a cores já era popular, a fotografia a preto e branco sempre me tenha passado um pouco ao lado. A primeira câmara que tive era analógica mas nunca cheguei a usar um rolo a preto e branco.
<br/>
<br/>
Apesar da aparente evolução, fui-me apercebendo que a fotografia a preto e branco continuava "na moda" e simplesmente não conseguia entender porquê. Era como se, hoje em dia, alguém preferisse ter uma televisão a preto e branco em vez de uma a cores!
<br/>
<br/>
No entanto, nos últimos tempos, a minha opinião em relação a este assunto tem vindo a mudar. Há algo na fotografia a preto e branco que a torna especial e isso começou a intrigar-me. Como é que, retirando algo tão importante como a cor, conseguimos acrescentar valor a uma imagem?
<br/>
<br/>
Uma das razões que faz com que a fotografia a preto e branco seja tão apelativa é o facto de, ao contrário da fotografia a cores, não ser uma representação demasiado exacta do mundo. Sem cor, a fotografia passa a ser uma interpretação artística de um determinado cenário e elementos como as texturas, o contraste tonal, a luz e as formas ganham uma outra força.
<br/>
<br/>
O segredo para tirar melhores fotos a preto e branco está em conseguir "ver" a preto e branco. Saber à partida quais os cenários e enquadramentos que dão um bom preto e branco e porquê. Este é, para mim, um verdadeiro desafio. Embora muitas vezes não consiga ser bem sucedido, em outras continuo a ficar surpreendido com os resultados.
<br/>
<br/>
No exemplo em baixo podemos ver como as formas ganham outra dimensão quando excluímos a cor.
<br/>
<br/>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCI3hdsOWHquEQV0-BCDldyfOxgxrnU1msvxMIZ8I6HDK95hexouH1EuifaQd4qixQbB9j2MlA4Y-G1qB69kwy9TII-2iwpoHTKyalcZ-GtwLkGHIbfWuJtK6EvaJp2m58tsRHvOu7T_I/" /></div>
<br/>
<br/>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijHeV31rXuaZDAcNiVECYd13qethg9SKtyXZC6vjCmWREEnOr8eUxycjW1s-Z3ILXV1gZjVMzIZ8KR1rJLgZuKmV0b-n2IbZn2S_JwE_i3lNjgJmRuW5Z1qI6_Jzk2djiVjW8zQVhEu7M/" /></div>
<br/>
<br/>
Outra característica interessante do preto e branco é a sua capacidade de transmitir uma sensação de nostalgia e intemporalidade. Há algo de misterioso e dramático neste tipo de fotografia, talvez por não conseguirmos ver o mundo assim com os nossos olhos.
<br/>
<br/>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://olhares.aeiou.pt/ja_foi_de_cristal_foto4012743.html" rel="nofollow" target="_blank"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrUMGHKnIKGTMgz2DNXvxVF3lMouYhSJcaZ-HnEn5VcqwgSl2PiuaCjldn9PcCY3TY_nhvVAwxuwhfDymx0kCk6ZNakukTv5slaTsriyB5FYpf_zJLsPIDEOVLmfvqalBzAdMcCObNA4g/" /></a></div>
<br/>
<br/>
<a href="https://www.fineart-portugal.com/photo/3414/a_minha_vez.html" rel="nofollow" target="_blank"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_aSjSTE1-FZyxHsJqgvacWWKMY7zu6Q5QZ5b2tLEnuMbIvkIDD_xQa_tBJLZXzPBCfjIr5iHYj5XYm32MSRd3qAtyuR1l9zLaAJmhkt4HVQB2kqEe7BlN3LFwMIm-rUGhqb-r5UPQ_eo/" /></a></div>
<br/>
<br/>
Não quero, de forma alguma, passar a mensagem de que a fotografia a preto e branco é melhor que a fotografa a cores. A cor é um elemento poderoso e há imagens que perderiam muito do interesse se convertidas para preto e branco.
<br/>
<br/>
É claro que, no que diz respeito a fotografia digital, aconselho a captar a cores e obter o preto e branco através de pós-processamento da imagem. Vou abordar este assunto num próximo artigo.
<br/>
<br/>
E tu? O que achas da fotografia a preto e branco?Mário Pereirahttp://www.blogger.com/profile/04819114825173346317noreply@blogger.com20tag:blogger.com,1999:blog-296540915691810245.post-30459633789142621932010-11-16T22:34:00.001+00:002023-06-19T11:38:37.087+01:00HDR (High Dynamic Range)Como amante da fotografia já deves, certamente, ter ouvido falar de HDR.
<br/>
<br/>
HDR é a abreviatura de <i>High Dynamic Range</i> e pode ser traduzido para português como <i>Grande Alcance Dinâmico</i>. Esta técnica de pós-processamento permite-nos, tal como o nome indica, criar imagens que conseguem representar cenários onde o alcance dinâmico (relação entre o <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/09/modo-manual.html#EV">EV</a> máximo e mínimo) não poderia ser representado numa fotografia normal.
<br/>
Por outras palavras, o HDR permite-nos retratar uma cena que tenha uma grande diferença de luminosidade entre as partes mais claras e as mais escuras.
<br/>
<br/>
Vejamos o exemplo em baixo para analisar 3 das opções que teríamos se quiséssemos fotografar esta paisagem onde a diferença de luminosidade entre os diversos elementos é muito grande.
<br/>
<br/>
<table cellpadding="0">
<tr>
<td valign="top" align="center">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">-2 EV</span>
</td>
<td valign="top" align="center">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">0 EV</span>
</td>
<td valign="top" align="center">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">+2 EV</span>
</td>
</tr>
<tr>
<td>
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizVRxTus_N3VXGq-qdBny7lokbB-xOIbPipi9Qh0sxCSNnCfgnucNFBJK_F72bgY7MD4zQpz8M9zSKh-CMrojWhfkKfDqMdtkwk3Bodh_6MYTcSrFox9PekKZZUPQroyNu0CWVPqt6Vi4/" width="200" alt="Sub Exposta" />
</td>
<td>
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjol7ju9iWAnjH_J6aFY-lS6bfif4efPaoP1fhmeP4GBPuWfd8H4V1Wg8zpXCcr8esFbCumchkQMCtca2swnl4MyJpR3ehQ47XfbiOKy38qjxClSp3gOYTUQ9EqEvkHs0T-B4O7WgYr8lo/" width="200" alt="Média"/>
</td>
<td>
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEXUOF-p8-f3kRjbEAne_diQfrrLkrszcIKcQFaKrG5r3mj495999ej6Tc64OomlzZO_iHGea-VJduksM5AukOtBgt6b5UBaIoYalxh5IK5KX5UC25dBF1Kp2q3XNf8iups67REzLmrFY/" width="200" alt="Sobre Exposta"/>
</td>
</tr>
<tr>
<td valign="top">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Se quiséssemos captar os detalhes do céu e das nuvens teríamos de sub-expor tudo o resto, tirando completamente o interesse da imagem.</span>
</td>
<td valign="top">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">A opção intermédia, calculada por defeito pela câmara, talvez fosse a mais indicada. No entanto, nesta fotografia as partes mais claras do céu encontram-se queimadas e o segundo barco e a margem estão demasiado escuros. </span>
</td>
<td valign="top">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Optando por sobre-expor a imagem, conseguimos realçar os detalhes do segundo barco e da margem mas, como é óbvio, o céu e parte dos reflexos no rio ficaram completamente queimados.</span>
</td>
</tr>
</table>
<br/>
<br/>
Se "pegarmos" nos pontos fortes de cada uma das 3 imagens podemos criar uma 4ª imagem onde todas as zonas ficam com o nível ideal de luminosidade. Isto consegue-se através do processamento HDR.
<br/>
<br/>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" imageanchor="1" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7F5zB5kOJObmk-oCv1TYxkNXY0LFYK3a9o6OgFpaPL5AjtXABRHxq1dha5b_KGnUJVp5IemhULlqfJ-ZqKdmV5sNwCjQA_H3ixrsfRFMBuO66UNZmFl-i8C29_fBG0MFWDPI7FOfHuYA/s640/ribeira_hdr_fin_3.jpg" /></div>
<br/>
<br/>
<br/>
<h2>Como fazer um HDR?</h2>
<br/>
<br/>
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">1. Tirar as fotografias</span>
<br/>
Para obteres os melhores resultados deves ter em atenção os seguintes pontos:
<br/>
<br/>
<ul>
<li>
<b>Usar tripé</b><br/>Embora os programas tentem alinhar as imagens, se estas já estiverem perfeitamente alinhadas os resultados serão muito melhores.
</li>
<li>
<b>Tirar as fotos em sequência rápida</b><br/>Quanto mais tempo passar entre as capturas, maior a probabilidade de alguma coisa mudar na cena que estás a fotografar.
</li>
<li>
<b>Usar focagem manual</b><br/>Para garantir que a focagem não muda entre as fotografias o melhor é usar focagem manual. Podes focar automaticamente e depois mudar para manual de forma a fixar a focagem.
</li>
<li>
<b>Usar a mesma abertura</b><br/>Como já foi referido, a <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/08/nocoes-basicas-de-fotografia.html#Abertura">abertura</a> influencia a <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/09/profundidade-de-campo.html">profundidade de campo</a>. Aconselho-te a usar o modo de <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/09/modos-da-camara.html#PrioridadeAAbertura">prioridade à abertura</a> de modo a fixá-la para todas as fotos.
</li>
<li>
<b>Usar o mesmo <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/09/sensibilidade-iso.html">ISO</a></b><br/>De preferência o mais baixo possível para garantir fotografias sem ruído.
</li>
</ul>
<br/>
Se a tua câmara tiver a opção <i>Auto Bracketing</i>, usa-a. Esta opção permite escolher o intervalo EV entre as fotografias e tirá-las de forma sequencial.
<br/>
No exemplo acima tirei 3 fotografias com saltos de 2 EV. A 1ª com -2 EV, a 2ª normal e a 3ª com +2 EV.
<br/>
<br/>
<br/>
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">2. Juntar as imagens</span>
<br/>
Para criar uma imagem HDR é necessário ter um software específico. Entre os programas capazes de fazer HDR estão o Photomatix, Photoshop e o Nik Software HDR mas, neste tutorial, vou-me cingir ao Photomatix.
<br/>
É possível fazer download grátis de uma versão experimental <a href="https://www.hdrsoft.com/download.html">aqui.</a>
<br/>
<br/>
O objectivo deste artigo não é ser um tutorial deste programa mas sim dar uma ideia base de como fazer um HDR.
<ul>
<li>
Abre o Photomatix e carrega em <i>"Generate HDR Image"</i>.
</li>
<li>
Na janela seguinte escolhe as 3 fotografias base.
</li>
<li>
Selecciona <i>"Align source images"</i> se tiraste as fotografias sem tripé e carrega em OK.
</li>
<li>
Agora deve aparecer uma imagem que é a versão HDR por processar. Carrega na opção <i>"Tone Mapping"</i>.
</li>
<li>
Nesta fase podes jogar com as diferentes barras do lado esquerdo e ver como influenciam a imagem. São imensas as combinações e cada imagem é um caso. Não existe uma configuração que funcione para todas as situações. O segredo está mesmo em não ter medo de experimentar. As diferentes opções disponíveis na caixa <i>"Presets"</i>, na parte inferior esquerda, podem ser um bom ponto de partida.
<br/>
</li>
<li>
Assim que estiveres satisfeito com o resultado carrega em <i>"Process"</i> para gerar a imagem HDR. Depois guarda a imagem no formato que quiseres em <i>"File - Save As"</i>.
</li>
</ul>
<br/>
<br/>
<h2>Conclusão</h2>
<br/>
O HDR é apenas uma técnica de pós-processamento e, como tal, não funciona bem em todas as fotos. É preciso termos sentido de auto-crítica para identificarmos quando deve ou não ser usada.
<br/>
Devemos sempre estar preparados para deitar o trabalho fora e tentar outra abordagem!
<br/>
<br/>
Boas edições!Mário Pereirahttp://www.blogger.com/profile/04819114825173346317noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-296540915691810245.post-6610946682832883112010-10-28T22:02:00.002+01:002023-06-19T11:39:33.940+01:00Fotografar em RAW ou JPEG?Antes de mais, quero alertar-te para o facto de nem todas as câmaras permitirem gravar imagens no formato RAW. Aconselho-te a ler o manual de instruções caso não tenhas a certeza em relação à tua câmara.
<br/>
<br/>
Este artigo vem em seguimento do anterior onde referi que o <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/10/equilibrio-dos-brancos-ou-white-balance.html">equilíbrio dos brancos</a> poderia ser ajustado em pós-processamento, sem perda de qualidade, se usássemos o formato RAW em vez de JPEG para gravar as imagens. Acho que fiquei a dever algumas explicações e aqui estão elas :)
<br/>
<br/>
<h2>Mas afinal o que é o formato RAW?</h2>
<br/>
Podemos pensar num ficheiro RAW como o equivalente digital ao negativo nas câmaras analógicas.
<br/>
<br/>
Quando tiramos uma fotografia em JPEG, na realidade, o que a câmara faz é recolher a luz através do sensor, gravar a informação em memória para um ficheiro RAW, convertê-lo para JPEG e apagar o ficheiro RAW da memória.
<br/>
<br/>
<br/>
<h2>E para que preciso do ficheiro RAW?</h2>
<br/>
O problema é que nesta conversão automática, configurações da câmara como o contraste, a saturação das cores, o equilíbrio dos brancos, <i>sharpening</i>, etc, são gravadas no ficheiro JPEG de forma irreversível. A precisão das cores também vai ser limitada pelo facto de os JPEG terem uma profundidade de cor de 8 bits e as câmaras modernas captarem imagens a 12 ou 14 bits.
<br/>
<br/>
Só para clarificar o tema dos bits, uma profundidade de cor de 8 bits significa que cada pixel pode guardar um canal com 8 bits de vermelho, 8 de azul e 8 de verde. Em 8 bits podem ser representados 2^8 = 256 valores. Assim sendo, num pixel com 3 canais de 8 bits podem ser representadas 256 x 256 x 256 = 16.777.216 cores.
<br/>
Com 14 bits podemos guardar 2^14 = 16.384 valores. Ou seja, podemos representar 16.384 x 16.384 x 16.384 = 4.398.046.511.104 cores. <b>262.144 vezes mais!!!</b>
<br/>
<br/>
É verdade que depois, muito provavelmente, iremos pegar no RAW e criar um JPEG com 8 bits mas, essa informação extra que tem o ficheiro RAW vai-nos permitir fazer edições na imagem conservando muitos mais detalhes do que se editássemos o ficheiro JPEG gerado pela câmara.
<br/>
<br/>
Como uma imagem vale mais que mil palavras, aqui vai um exemplo:
<br/>
<br/>
<table>
<tr>
<td>
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhihyf3JNz_VLMGDZo1laWuzZko6pUcNhs38os4lTSPpvS2cVFZFLRS3nnwVBl4F6FSIdL92KuX3IMknya8jePtY3k948AFOgIRa0IeMIy1Ez9RhyEmNJyXABPV23Yth_6ew7cJ9s6nc24/" />
</td>
<td valign="top">
Versão original
<br/>
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">
Ao tirar esta foto cometi um erro de medição e ficou sobre-exposta. Podes ver que grande parte da imagem está "queimada" e perdeu-se bastante detalhe no corpo da gaivota.
<br/>
Vou tentar corrigir esta sobre-exposição num programa de edição de imagens.
</span>
</td>
</tr>
<tr>
<td>
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvIfbylipbWmvynqMhW2odJevrdDbaaUoDGyYS5C90nPiTVGAZAyUz3h5OZZkmnbN0ZAVJW2n704paV_F24HhB7_d4MKSTzvWu-HKKjFmJna4FNajug4Xv1imfnEYMHA5fsDwp5kiYoVs/" />
</td>
<td valign="top">
JPEG na câmara
<br/>
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">
Pegando no ficheiro JPEG convertido pela câmara consegui diminuir a exposição num editor de imagem e este foi o resultado.
<br/>
Está melhor que a original mas nota-se que grande parte do detalhe das zonas mais claras ficou perdido.
</span>
</td>
</tr>
<tr>
<td>
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_T5aR_Iqb-HuJy3zeky4kogMbzv9bWVWpuOa0YePMT_7MYQhZQRSPag3APPBO1jfLufMCxPFPUey9KFaVzwHWR2z9toD1OrtMjAQi2zigFInwMTkpHbc0JTCSrAKatWDGEv0M6GTMCgY/" />
</td>
<td valign="top">
JPEG a partir do RAW
<br/>
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">
Felizmente tinha também a versão RAW da fotografia! :)
<br/>
Como podes ver, a partir do ficheiro RAW consegui recuperar o detalhe das partes "queimadas" da imagem e as cores ficaram bastante mais naturais.
<br/>
Uma fotografia que parecia perdida pôde ser recuperada graças à informação extra que não deitamos fora.
</span>
</td>
</tr>
</table>
<br/>
<br/>
<h2>Conclusão</h2>
<br/>
Não há dúvida que o ficheiro RAW traz imensas vantagens na altura de fazer ajustes posteriores nas fotografias. No entanto, este formato tem também algumas desvantagens em relação ao JPEG:
<ul>
<li>
O tamanho dos ficheiros é cerca de 3 ou 4 vezes maior, dependendo da câmara. Isto vai ter um impacto no número de fotos que entram num cartão de memória e também, a longo prazo, no disco do computador. Além disso, imagens maiores demoram mais tempo a serem gravadas.
</li>
<li>
É sempre necessário processar os ficheiros no computador. Um ficheiro RAW não sai da câmara bonitinho como um JPEG porque, na verdade, ainda não recebeu qualquer tipo de processamento.
</li>
<li>
O formato RAW não é standard e é específico de cada câmara sendo necessário um software compatível para ler os ficheiros. Normalmente as câmaras trazem um CD com um software para editar e converter os ficheiros RAW. Alternativamente, também podes usar programas como o Photoshop, Lightroom ou outros de download gratuito já compatíveis com os diferentes formatos.
<br/>
Por isso, já sabes, não envies as fotos das férias em RAW aos amigos pois corres o risco de eles não as conseguirem ver. Devem ser convertidas primeiro para JPEG.
</li>
</ul>
<br/>
<br/>
Cabe-te agora a ti ponderar os prós e os contras.
<br/>
Se estás indeciso(a), tenho uma boa notícia. Muitas câmaras permitem gravar as fotos em RAW e JPEG ao mesmo tempo, criando 2 ficheiros por cada foto. Deste modo, podes ter as fotos de forma imediata em JPEG e, caso queiras fazer uma alteração mais profunda, podes sempre recorrer ao ficheiro RAW.Mário Pereirahttp://www.blogger.com/profile/04819114825173346317noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-296540915691810245.post-72778673158970879162010-10-12T16:44:00.002+01:002023-06-19T11:39:54.604+01:00Equilíbrio dos Brancos ou White BalanceNo outro dia vi um documentário na televisão que falava sobre a capacidade que o nosso cérebro tem de conseguir compensar as características da luz ambiente de forma a vermos correctamente as cores.
<br/>
Por exemplo, quando entramos na nossa sala iluminada com uma lâmpada incandescente (luz amarelada) e olhamos para a parede que sabemos que é branca, o nosso cérebro automaticamente faz a compensação das cores de forma a vermos a parede branca.
<br/>
Sem este ajuste veríamos a parede num tom mais amarelado devido à propriedade quente da luz proveniente da lâmpada incandescente.
<br/>
<br/>
Por ser um fenómeno que nos passa despercebido, não lhe damos muita importância.
<br/>
Infelizmente as nossas câmaras não conseguem fazer esta compensação de uma forma tão precisa como nós. Embora tenham a opção de calcular o equilíbrio dos brancos automaticamente, muitas vezes verificamos que essa compensação não está correcta.
<br/>
Nas imagens abaixo podemos ver como uma leitura incorrecta pode influenciar drasticamente uma fotografia.
<br/>
<br/>
<table cellpadding="0">
<tr>
<td>
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtE5ir4N7qG4g6Wvd-OLWGvJsTHU8AUv3yo0Kp6CIzvl1H-J9tR1l57jIauYLbPoW2LWlTmAFYn_ZFqJ8xaJqs5opYogWCrVvCcUCH3HJutERfCA6HSoBUEYO-iKGjaLRKY4z249OxGR8/" width="200" alt="Cor Fria" />
</td>
<td>
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXIgPQJ4GRjdRhADMKA1Sjm6wkrXIhCuWTCDjfumfBPcqAxNuPdOhRLW4joAq-1q5qC2uGjKWZR3wkuezuNBZBDGofR1dKVH8TnQKH2GQdxhvfT6f3Fq2mwYXjbzMqaerj55oaauyV08c/" width="200" alt="Equilíbrio dos brancos correcto"/>
</td>
<td>
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilbk5HKmqOL6-usTsqaR1SZmaeVGJMV3dUPlunFRQkmXXq1jK1tDJnCmbuXjJ59enPpRBotVuz5pwXylKRETRLj4jgx533cGjAKXMCEsk_oGF2a9I4cDrnN-sbgbl7l4C30WFfvYLa0QI/" width="200" alt="Cor quente"/>
</td>
</tr>
<tr>
<td valign="top">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Cores demasiado frias.</span>
</td>
<td valign="top">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Equilíbrio dos brancos correcto.</span>
</td>
<td valign="top">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Cores demasiado quentes.</span>
</td>
</tr>
</table>
<br/>
<br/>
<h2>Configurar o equilíbrio dos brancos na câmara</h2>
<br/>
<br/>
As opções variam um pouco entre marcas e modelos mas resumem-se basicamente às seguintes:
<br/>
<br/>
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhclamOmiMzOsM-3mCwQyih9r7iB9W1gjdyNnMAwm2hnCP9Gu1xDzx8IczOJdPbzX6vt8TmRxKK5c0bDxO8VVGi8gU6IAQhKtYHRkZEUPQenf36vbr1rKXGPnqconMey8RoWC45tNRKYkE/" width="28"/> <span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Automático</span>
<br/>
A câmara escolhe automaticamente a compensação de cor baseando-se na sua leitura das condições de luz. Funciona relativamente bem mas em alguns casos faz leituras bastante erradas.
<br/>
<br/>
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSWIjRdzuLYXozXaNDf77puWWMTLrlBorDij3wSHsDIORnAdHyJcquW5pgg34cL7CQviHseuy1Objneag-gtuNs80dlVt4E6BvnSak-35i_9KpM6UQbkVIV7QhyphenhyphenKfsPDtHr27FvJAFsH8/" width="28"/> <span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Personalizado</span>
<br/>
Com esta opção é possível configurar a compensação da cor manualmente. Em muitas câmaras isto é feito apontando a câmara para um objecto branco fornecendo-lhe, assim, um ponto de referência.
<br/>
Para mais detalhes aconselho-te a ler o manual de instruções.
<br/>
<br/>
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLwNXfDh0Q7LFFzRAj2UKPir3jw-DOXaZYBOZfRCJvFub_PYuBRWdBh8p2w8pf3MH90GYyuIoYSO2EUbLdFph_DW7dPkbeg07e9oHrfyWvacPyEuOL9auSjVsd2qqrB-Fs4unFfhjIQjA/" width="28"/> <span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Luz do dia</span>
<br/>
Para usar em dias de céu limpo.
<br/>
<br/>
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgP7lO8e2xihjlGf-QIEjPTgxzkL3HqzxJ_8UxQ43w1tJQNlYRxDp6-ENAwh2AoOCaFy98aa-pJMS_cz54Judi9GXP62fq0sBpcJbTK-dnXfLA5HZa1owdS_cVo1z71CAZb-oAn8Xv3Ocw/" width="28"/> <span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Nublado</span>
<br/>
Como a própria imagem indica, para usar em dias nublados.
<br/>
<br/>
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiu0OGvcoP9C_c13Ysl7yqFuI8Uz0HalABR4ShKsCr0278dgLlL-JleQauASSqIV5LtzAasvalXTTlPTjDVtJc9odSM3i5OlKH6PB7EkT4vMYcX_la8eeu_-j_f3xEYcQG1xVi81RwUZ9w/" width="28"/> <span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Incandescente</span>
<br/>
Deve ser usada em interiores iluminados com lâmpadas incandescentes.
<br/>
<br/>
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgBZVno9lt1NFXYHsXdtBRCrWjyhRxdv-iPap7x9Q1xvJKnuxQ-pdbCp9ebGuCOLfy6qZXlbEQOKHYx0Zs878jnpvD6UviQNXhShxlmRRV_2qfV2Q4dndsD74_79RfVPX0IzBloM95cgw/" width="28"/> <span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Fluorescente</span>
<br/>
Compensação para iluminação com lâmpadas fluorescentes.
<br/>
<br/>
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid_j_vIttScU-A3_ojA4-2MmCSSIF1isDMPLPhfH6v7auSgkKmc8NrUjmivDNbLPkTwVZ9gObMMnG_PY-Glamizb8YUz3Jt1z9yrAyYOasqt3XtsAM4E2PXCKcAnu9m_qkPCsFxzKIZf4/" width="28"/> <span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Flash</span>
<br/>
Este modo está configurado para compensar a variação na cor provocada pelo flash da câmara.
<br/>
<br/>
<br/>
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-large;">Ou então... configurar depois!</span>
<br/>
Acertar com o equilíbrio dos brancos na altura de tirar a foto nem sempre é simples. Além disso, muitas vezes só reparamos que as cores estão desequilibradas quando chegamos a casa e vemos as fotografias no computador.
<br/>
<br/>
O segredo aqui está em configurar a câmara para gravar as imagens em RAW em vez de JPEG (infelizmente não é possível em todas as câmaras). Brevemente irei escrever um artigo sobre este formato mas posso dizer já que nos dá uma versatilidade muito maior na hora de editar as imagens.
<br/>
<br/>
Uma das vantagens de fotografar em RAW é, precisamente, poder editar o equilíbrio dos brancos no computador sem ter implicações na qualidade da imagem. Usando um conversor de RAW podemos corrigir as cores independentemente do modo de equilíbrio dos brancos que tínhamos escolhido no momento em que tiramos a fotografia.
<br/>
<br/>
Boas fotos!Mário Pereirahttp://www.blogger.com/profile/04819114825173346317noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-296540915691810245.post-37966128874501816972010-09-28T22:01:00.007+01:002023-06-19T11:40:23.746+01:00Modos de Medição de Luz (Metering Modes)No <i>post</i> sobre o <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/09/modo-manual.html">modo manual</a> falei um pouco sobre o fotómetro. Para quem passou o <i>post</i> à frente, relembro que o fotómetro é um medidor da intensidade de luz que está presente em qualquer câmara fotográfica.
<br/>
<br/>
Os modos de medição (<i>metering modes</i> em inglês) definem a forma na qual o fotómetro mede a luz presente numa determinada cena.
<br/>
<br/>
Uma vez que os nomes e as especificações dos modos variam de câmara para câmara, vou explicar como funcionam os modos da minha câmara, a Canon 450D. Muito provavelmente a tua câmara tem modos parecidos mas, para detalhes mais específicos em relação ao teu modelo, aconselho-te a pesquisar no manual de instruções.
<br/>
<br/>
<br/>
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfQRszpy0dgFwmNDlr4NqHDBN7HMWoStHKlSi8UYM8p-dERfarMnnXqDIkz5rBOj2NbKmsJJpoEkxLCmiZ2wDNq5w2I_hR8cz9wyFzOKu-MF_eEitLOLxpcewj5Eav7atFe7bK1d8tyGU/" /> <a name="EvaluativeMetering"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Evaluative/Matrix Metering</span></a>
<br/>
Este é o modo que está seleccionado por defeito na maior partes das câmaras. Com esta opção o fotómetro dá mais importância à medição da luz na zona à volta do ponto da focagem automática.
<br/>
Este modo é bastante útil para retratos pois, nestes casos, a área de foco é normalmente a área que queremos que esteja bem exposta.
<br/>
<br/>
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWQ1Gk5MbUTjZ56wFTgDEh-uop96eFQ3GSzrA-B3Vk7uebTAuES21UnOkmFL8_4NQZ0nftutmT5M1PvcjcpxzdkQcrGN1uXrCFXNGh8TK5gPXiFDCWea4yrpua3Crj5zZc3YzdoIaSsWY/" /> <a name="PartialMetering"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Partial Metering</span></a>
<br/>
Aqui a medição é feita numa zona no centro que cobre 9% da área total do visor. Este modo deve ser usado, por exemplo, em situações nas quais o fundo é muito mais claro que o motivo principal. Desta forma evitamos que a câmara sub-exponha toda a imagem para compensar a grande quantidade de luz atrás.
<br/>
<br/>
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyrbioGiS6LQd2VAihCgTgsaL6KRyxPuPXaGR38aNyq-wc32gWHJoQ3p_XilSUY21ylUQ8o-N7SwcDjMf0Sq1XWfThK4WvU6C0hGrxkA8Jt9JkQwibiGZWGSPMB1N5g6lBARFe0hyphenhyphenz27w/" /> <a name="SpotMetering"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Spot Metering</span></a>
<br/>
Este modo é muito semelhante ao anterior mas ainda mais específico. A área medida é apenas 4% do visor. Com este modo conseguimos medir a luz num determinado ponto, ignorando o resto da cena.
<br/>
<br/>
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghcv9blJPvKjA5Ji_9g0f_G3OO74-OWLRXdbpBFmIUYtnx-FaBmH6aIeJ7oMiKuuAOSDCwiYD39HxHtQAeT2Oxav2RVBT0y3sQ4t4Z5mRutbRZkbnvpTKcbMeWaqSM20nBaymyEhLaA-0/" /> <a name="CenterWeightedAverageMetering"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Center Weighted Average Metering</span></a>
<br/>
Como o próprio nome indica, este modo calcula a média da quantidade de luz dando um peso maior ao centro. É um pouco parecido com o <i>evaluative</i> mas dá sempre importância ao centro e não ao ponto da focagem automática.
<br/>
<br/>
<br/>
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Conclusão</span>
<br/>
Como em tudo na fotografia, não há nada como experimentar. Não existe um modo melhor que outro pois todos têm as suas vantagens e desvantagens.
<br/>
O desafio está em saber qual o modo a escolher em cada situação. Esta escolha pode ser a diferença entre uma boa fotografia ou uma fotografia perdida.
<br/>
<br/>
Boas fotos!Mário Pereirahttp://www.blogger.com/profile/04819114825173346317noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-296540915691810245.post-35302681217598137142010-09-22T22:26:00.014+01:002023-06-19T11:40:45.101+01:00Modo ManualAntes de mais, quero esclarecer que o modo manual não deve ser confundido com a focagem manual. É um assunto completamente diferente e no modo manual tanto se pode usar focagem manual como automática!
<br/>
<br/>
Fica a saber também que este modo não é nenhum bicho de sete cabeças! O que leva muitas pessoas a "temer" o modo manual é não terem compreendido os <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/08/nocoes-basicas-de-fotografia.html">conceitos básicos da fotografia</a>. Por este motivo, antes de passares para o modo manual aconselho-te a ler também o artigo sobre a <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/09/profundidade-de-campo.html">profunidade de campo</a> e que percas uns dias a experimentar os outros <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/09/modos-da-camara.html">modos da câmara</a>.
<br/>
<br/>
<br/>
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Avisos dados, vamos ao que interessa!</span>
<br/>
Como o próprio nome indica, no modo manual as configurações têm de ser feitas manualmente. O objectivo é o mesmo que nos outros modos: conseguir combinar a <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/08/nocoes-basicas-de-fotografia.html#Abertura">abertura</a>, <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/08/nocoes-basicas-de-fotografia.html#VelocidadeDoObturador">velocidade do obturador</a> e o <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/09/sensibilidade-iso.html">ISO</a> de forma a conseguir a exposição pretendida.
<br/>
<br/>
Ok... isto é muito bonito mas como é que consigo saber quais as combinações para obter uma exposição correcta? Para tal deves usar um medidor da intensidade da luz chamado fotómetro. Mas antes de ires a correr comprar um, tenho uma boa notícia para ti: As câmaras têm um fotómetro incorporado :)
<br/>
<br/>
<table>
<tr>
<td valign="top">
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhdCPBp0B1k6OiIhTBEj_7yH6dWLNQi-2hh1KQJCjKOwiHVg9Db2WrF5BuOvsoqMy25Yb47HOAjiEt-kDrCZno3D9PWtWVTO5p9oMjG3GKmpaH3SsDdDA1i_o92CEFFnkLQS3pFAXm5Es/" height="120" />
</td>
<td align="left" valign="top">
Nas máquinas digitais o fotómetro tem um aspecto similar ao da imagem e tanto pode aparecer no visor como no LCD.
<br/>
Assim, uma vez seleccionada a combinação abertura/velocidade, ao apontares a câmara, o ponteiro do fotómetro move-se. A exposição está equilibrada quando o ponteiro está perto do valor central (zero).
</td>
</tr>
</table>
<br/>
Se o ponteiro estiver demasiado para a direita (valores positivos) vamos ter uma imagem sobre-exposta e temos de arranjar forma de reduzir a quantidade de luz captada. Por outro lado, se estiver para a esquerda temos de captar mais luz para evitar uma imagem sub-exposta.
<br/>
<br/>
<br/>
<a name="EV"><h2>EV - Valor de Exposição</h2></a>
<br/>
A unidade de medida da luz usada pelo fotómetro é o EV ou <i>Valor de Exposição</i>.
<br/>
Aumentar 1 EV significa duplicar a quantidade de luz. Diminuir 1 EV significa reduzir a quantidade de luz para metade. Resumindo, por cada passo aumentado (salto de 1 valor), a quantidade de luz duplica e, por cada passo reduzido, a quantidade de luz reduz-se para metade.
<br/>
<br/>
Confuso? Eu também fiquei um bocado mas, em termos práticos, o que estes valores significam é o seguinte:
<br/>
Quando o fotómetro indica o valor 1, significa que a área para a qual estamos a apontar a câmara tem 2 vezes mais luz que a pretendida. Se indicar o valor 2, como são 2 passos de diferença, significa que a área tem o dobro do dobro de luz, ou seja, tem 4 vezes mais luz que a pretendida.
<br/>
<br/>
<br/>
<h2>Mas afinal como é que tiro as fotos?</h2>
<br/>
Se já estás habituado a utilizar o modo de <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/09/modos-da-camara.html#PrioridadeAAbertura">Prioridade à Abertura</a> e o modo de <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/09/modos-da-camara.html#PrioridadeAVelocidade">Prioridade à Velocidade</a>, vais reparar que o modo manual não é muito diferente. Apenas tens de controlar a parte que a máquina faz automaticamente nos outros modos.
<br/>
Nota: como o método de inserção varia de câmara para câmara, não o posso descrever aqui e aconselho-te a ler o manual de instruções.
<br/>
<br/>
Imagina, mais uma vez, que estás a fotografar uma corrida de motos e vais usar a câmara no modo manual. Para começar a configurar a câmara tens de partir de algum lado. Neste caso, sabes que para congelar o movimento e ter imagens nítidas tens de usar uma velocidade alta como 1/500, podes começar por aí.
<br/>
Se estivesses a usar o modo de Prioridade à Velocidade, ao inserires a velocidade 1/500, a câmara automaticamente calcularia a abertura. No modo manual és tu quem vai ter de calcular a abertura. Como se faz isso? É simples. Usando o fotómetro.
<br/>
<br/>
Suponhamos que inseriste 1/500 para a velocidade e f/8 para a abertura. Apontas a câmara para o motivo a fotografar e o fotómetro indica -2 EV. Isto significa que a fotografia vai ficar escura e tens de deixar entrar mais luz. Neste caso, 4 vezes mais luz.
<br/>
Como é que podemos corrigir esta situação? Tal como já foi referido em <i>posts</i> anteriores, temos 3 opções:
<ul>
<li>
Uma das formas de deixar entrar mais luz é aumentar a <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/08/nocoes-basicas-de-fotografia.html">abertura</a>. Para este exemplo, teríamos de aumentar a abertura 2 <i>stops</i> para compensar os -2 EV.
<br/>
Aumentar a abertura 1 <i>stop</i> significaria seleccionar f/5.6. Com esta escolha, o fotómetro ficaria a indicar -1 EV. Com mais 1 <i>stop</i>, para f/4, o fotómetro indicaria 0 EV e, finalmente, teríamos a combinação para uma exposição correcta. Podes recordar a sequência dos valores da abertura <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/08/nocoes-basicas-de-fotografia.html#Abertura">aqui</a>.
</li>
<li>
Outra forma é diminuir a <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/08/nocoes-basicas-de-fotografia.html#VelocidadeDoObturador">velocidade</a> 4 vezes. 1 vez para 1/250 e outra para 1/125.
<br/>
Neste caso não seria a melhor opção porque precisamos de uma velocidade alta para porder "congelar" os objectos em movimento.
</li>
<li>
Por último, poderíamos compensar a falta de luz aumentando o <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/09/sensibilidade-iso.html">ISO</a> 4 vezes. Se, por exemplo, estivéssemos a usar ISO 100, poderíamos escolher ISO 400.
</li>
</ul>
<br/>
Qualquer uma destas opções tem a sua contrapartida:
<ul>
<li>
Quanto maior a abertura, menor a <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/09/profundidade-de-campo.html">profundidade de campo</a>, o que obriga a uma focagem mais precisa.
</li>
<li>
Com uma velocidade mais baixa os objectos podem ficar "tremidos".
</li>
<li>
Quanto mais alto for o ISO, mais ruído/grão ficará na imagem.
</li>
</ul>
<br/>
Esta é a vantagem do modo manual. Dá-nos controlo total sobre todos os parâmetros da câmara e permite-nos tomar decisões que vão distinguir as nossas fotos de outras tiradas no modo automático.
<br/>
<br/>
<br/>
Espero ter conseguido explicar como funciona este modo. Fico à espera dos teus comentários e outras dicas sobre a utilização do modo manual ou sobre outras experiências. Penso que seria interessante criar um espaço de discussão onde todos possamos aprender.
<br/>
<br/>
Boas fotos!Mário Pereirahttp://www.blogger.com/profile/04819114825173346317noreply@blogger.com46tag:blogger.com,1999:blog-296540915691810245.post-43843715310548423572010-09-13T16:07:00.008+01:002013-01-15T17:49:02.659+00:00Modos da Câmara<table>
<tr>
<td>
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXMDJIYo27eT1Gcpu_T26bUoPXwwDsMVJwP10AGM_KGBmxj8Fy4Y1W3tf9W1Opt8gPuwtY5eHPJ3gSD9IGosTjIUL34ETPblvQgkIU2rQBALP7T-FwDW4l_FZHBwiMzkwZoDE5X0W6W8Q/" />
</td>
<td>
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijfN75VBZGFVPS_TBeqHq3TNdJCPetoJC0eJSEPUaJmQHMoFNcKJY0h82cPDOrDLkElsZ_0e4rKCckEYMlHmIKsu-9UtXoZEEYDTlpz4m9YJrSgXx7jAj9Lqhxa7Z8RO3GQ-gsTQ-Iuhk/" />
</td>
<td>
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4wZa-H7AS6BbfxZfmSTSQ5hG6jw6t0-1irMiesTZQI3yRfhSJXrAsWfBcVpj2KCxu9S1xVKDcz-tz5aPUuHotDmLbrLeoTPZ4RhjVC5hUzl6HY69vODFS_lVl1zDVpc-8QsqQtbob6HM/"/>
</td>
</tr>
<tr>
<td valign="top" align="center">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Canon</span>
</td>
<td valign="top" align="center">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Nikon</span>
</td>
<td valign="top" align="center">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Sony</span>
</td>
</tr>
</table>
<br/>
É com esta "rodinha", ignorada por muita boa gente, que tomamos a primeira decisão antes de tirar uma fotografia: <b>Que modo escolher?</b>
<br/>
É claro que antes de decidir é importante perceber qual a função de cada modo e a que situações se adequa.
<br/>
<br/>
Se a tua máquina é de outra marca e os símbolos forem diferentes, aconselho-te a consultar o manual de instruções para os identificares.
<br/>
<br/>
<br/>
<h2>Automático (verde)</h2>
<br/>
Este modo está indicado para pessoas que não têm noções básicas de fotografia ou não querem pensar muito. Não vou falar sobre ele porque, com esta opção, é a câmara que toma todas as decisões e não é isso que queremos, certo? :)
<br/>
<br/>
<br/>
<a name="ProgramaP"><h2>Programa (P)</h2></a>
<br/>
Este modo é bastante parecido com o automático mas permite algumas configurações extra.
<br/>
Tal como no modo automático, quando pressionamos o botão do obturador até meio a câmara vai escolher uma combinação <a href="http://focaessafoca.blogspot.com/2010/08/nocoes-basicas-de-fotografia.html#VelocidadeDoObturador">velocidade</a>/<a href="http://focaessafoca.blogspot.com/2010/08/nocoes-basicas-de-fotografia.html#Abertura">abertura</a> de forma a obter a <a href="http://focaessafoca.blogspot.com/2010/08/nocoes-basicas-de-fotografia.html#Exposicao">exposição</a> correcta. A vantagem deste modo é que podemos, de seguida, alterar esta sugestão para combinações velocidade/abertura equivalentes.
<br/>
<br/>
Tanto neste modo como nos outros as alterações são feitas através de uma "rodinha" ou botão que a câmara tem para o efeito e a sua localização varia de câmara para câmara. Na Canon 450D, por exemplo, a alteração faz-se na "rodinha" secundária que está perto da "rodinha" de selecção de modo.
<br/>
<br/>
Imagina, por exemplo, que estás a fotografar uma corrida de motos e precisas de uma velocidade alta para "congelar" o movimento. Pressionas o obturador até meio e a câmara escolhe a combinação 1/125, f/8. Neste modo podes alterar esta combinação para qualquer outra que te permita uma maior velocidade mas mantendo a quantidade de luz captada:
<ul>
<li>1/250, f/5.6</li>
<li>1/500, f/4</li>
</ul>
<br/>
<br/>
<a name="PrioridadeAVelocidade"><h2>Prioridade à Velocidade (Tv ou S)</h2></a>
<br/>
Voltando ao exemplo da corrida de motos, rapidamente irias verificar que não é nada prático andar sempre a escolher essas combinações velocidade/abertura quando, na verdade, o que queres controlar é a velocidade. É aqui que o modo de Prioridade à Velocidade se revela extremamente útil.
<br/>
<br/>
Este modo funciona de uma forma bastante simples. Escolhes a velocidade pretendida, 1/500 por exemplo, e a câmara automaticamente calcula a abertura para obter a exposição correcta.
<br/>
<br/>
<br/>
<a name="PrioridadeAAbertura"><h2>Prioridade à Abertura (Av ou A)</h2></a>
<br/>
Como já deves ter deduzido pelo nome, este modo funciona de forma similar ao anterior. A diferença é que o valor que inseres é o da abertura e a velocidade é automaticamente calculada pela câmara.
<br/>
<br/>
O modo de Prioridade à Abertura é bastante útil em situações nas quais queres controlar a <a href="http://focaessafoca.blogspot.com/2010/09/profundidade-de-campo.html">profundidade de campo</a>, visto esta estar bastante relacionada com a abertura.
<br/>
<br/>
<br/>
<h2>Manual (M)</h2>
<br/>
Este modo é o mais complexo de todos. Enquanto que nos outros modos a câmara calcula combinações de velocidade/abertura para expor correctamente a imagem, no modo manual és tu quem escolhe tanto a velocidade como a abertura.
<br/>
<br/>
Para mais informação sobre o <a href="http://focaessafoca.blogspot.com/2010/09/modo-manual.html">modo manual</a> aconselho-te a ler este <a href="http://focaessafoca.blogspot.com/2010/09/modo-manual.html">artigo</a>.
<br/>
<br/>
<br/>
<h2>Outros Modos</h2>
<br/>
Como já deves ter reparado, existem outras opções na "rodinha". No entanto, os outros modos estão indicados para utilizadores que não estão familiarizados com os conceitos básicos de fotografia.
<br/>
Estes modos usam configurações pré-definidas para determinadas situações. No modo de desporto, por exemplo, o que a câmara faz é garantir que a velocidade do obturador é alta.
<br/>
<br/>
É importante perceber que o efeito de qualquer um destes outros modos pode ser replicado usando os modos básicos de que falei.
<br/>
<br/>
<br/>
<h2>Conclusão</h2>
<br/>
Se realmente queres aprofundar a tua técnica e conhecimento da fotografia, aconselho-te, numa primeira fase, a usar sempre os modos de <b>Prioridade à Abertura</b> e de <b>Prioridade à Velocidade</b>.
<br/>
Os primeiros resultados podem não ser os melhores mas, desta forma vais ganhar consciência do efeito que a escolha da abertura e da velocidade do obturador têm na fotografia. Acredita que é mais fácil do que parece.
<br/>
<br/>
<br/>
Podes usar o espaço de comentários para dúvidas e sugestões!Mário Pereirahttp://www.blogger.com/profile/04819114825173346317noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-296540915691810245.post-7744980082450922832010-09-08T09:48:00.013+01:002013-01-15T16:47:32.321+00:00Sensibilidade ISOO ISO é, nas câmaras digitais, o equivalente ao ASA nos rolos das câmaras analógicas. É uma medida que expressa a sensibilidade que o sensor tem à luz.
<br/>
Ao contrário das câmaras analógicas, nas digitais não é preciso mudar o filme para ter sensibilidades diferentes - basta mudar o ISO nas configurações.
<br/>
Como podes ver em baixo a sequência de valores do ISO é bastante mais simples que a da <a href='http://focaessafoca.blogspot.com/2010/08/nocoes-basicas-de-fotografia.html#Abertura'>abertura</a> ou da <a href='http://focaessafoca.blogspot.com/2010/08/nocoes-basicas-de-fotografia.html#VelocidadeDoObturador'>velocidade do obturador</a>.
<ul>
<li>ISO 50</li>
<li>ISO 100</li>
<li>ISO 200</li>
<li>ISO 400</li>
<li>ISO 800</li>
<li>ISO 1600</li>
<li>etc...</li>
</ul>
Quanto maior o valor, maior a sensibilidade e o seu resultado prático também é bastante simples: Sempre que o valor duplica, a quantidade de luz captada pelo sensor também duplica (a foto fica mais clara).
<br/>
<br/>
<br/>
<h2>Em que situações devo alterar o ISO?</h2>
<br/>
Imagina que queres tirar uma fotografia numa situação com pouca luz. Sem a possibilidade de alterar o ISO apenas terias 3 soluções (cada uma com as suas desvantagens) para permitir a entrada de mais luz:
<ul>
<li>Aumentar a abertura da lente (diminui a <a href='http://focaessafoca.blogspot.com/2010/09/profundidade-de-campo.html'>profundidade de campo</a> e só pode ser aberta até ao valor máximo permitido pela lente)</li>
<li>Diminuir a velocidade do obturador (com baixas velocidades os objectos ficam "tremidos")</li>
<li>Usar um flash (a imagem fica menos natural e em alguns locais não é permitido)</li>
</ul>
Se não pudermos usar nenhuma das soluções acima, a solução é aumentar o ISO, permitindo ao sensor gravar mais luz no mesmo espaço de tempo.
<br/>
Em termos práticos, para duplicar a quantidade de luz captada numa foto sem alterar a combinação velocidade/abertura, basta duplicar o valor do ISO.
<br/>
<br/>
<br/>
<h2>Então porque não usar sempre o ISO alto?</h2>
<br/>
Como em quase tudo na vida, também o ISO alto tem um lado negativo - o <b>ruído</b>.
<br/>
Ao aumentarmos a sensibilidade do sensor à luz, também estamos a amplificar o ruído eléctrico. <br/>
A foto seguinte foi tirada com um ISO muito alto e nota-se perfeitamente a presença de ruído.
<br/>
<br/>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXZ7dTdHVJZNvaoLRf6zDd95_SJPwJzin-PiCtpjEZxpuYmehMBbWZTKAOwL9ag_nkmAvPx8OQv9Mxsd0cNWA9mGQBcdAXR9GjAcb-UtnlC7eHe7hJuO7FZ2ptO883bIWL1l64svExk60/" /></div>
<br/>
<br/>
<h2>Conclusão</h2>
<br/>
Para conseguires a melhor qualidade nas imagens deves usar sempre o ISO mínimo possível. Devido ao ruído, o ISO alto apenas deve ser usado em situações nas quais não tens outra forma de compensar a falta de luz.
<br/>
<br/>
Podes usar o espaço de comentários para dúvidas ou sugestões!Mário Pereirahttp://www.blogger.com/profile/04819114825173346317noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-296540915691810245.post-16229148216703973692010-09-03T14:53:00.006+01:002023-06-19T11:41:54.597+01:00Profundidade de CampoA profundidade de campo é a distância à frente e atrás do ponto de focagem na qual os objectos ficam focados. Todos já vimos retratos nos quais a cara da pessoa está bastante nítida e o fundo está completamente desfocado. Nestes casos está a ser usada uma pequena profundidade de campo onde apenas alguns centímetros atrás e à frente da cara (plano de focagem) estão focados. A pequena profundidade de campo serve para realçar um determinado motivo, parecendo até mais nítido devido ao contraste criado com as partes menos nítidas da imagem. <br/>
É claro que este conceito resulta muito bem em retratos mas também pode ser usado em outras situações, basta usar a imaginação.
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUABLAp1U9Y2am8I1ZrMLxll3-gyDxWbuZwpryKAeG8e2u77LhmviLl7bvq5yAeT0P_sqs8XMdVnzWVQ9GJ2g1C3ftXiRbxscxVKY6slHqYNnIrX82gwDVsNPbn3IV-PG_PcxFrA2pABU/" /></div>
<br/>
<br/>
Antes de explicar como conseguir controlar a profundidade de campo gostava de alertar para o facto de a capacidade de desfocar alguns elementos da imagem depender muito do tipo de máquina fotográfica e da lente.
<br/>
Primeiro, nem todas as máquinas têm um modo manual onde o utilizador pode definir as configurações a usar para uma determinada fotografia. Além disso, nas câmaras compactas, por terem sensores pequenos, não é possível obter profundidades de campo tão pequenas como nas câmaras com sensores maiores como as dSLR <i>(digital single lens reflex)</i>.
<br/>
<br/>
Como já referi no <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/08/nocoes-basicas-de-fotografia.html"><i>post</i> anterior</a>, a profundidade de campo está relacionada com a <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/08/nocoes-basicas-de-fotografia.html#Abertura">abertura</a>. A forma mais simples de a controlar na câmara é escolher o modo denominado "Prioridade à Abertura". Esta opção vai permitir-nos escolher o valor da abertura e, com base no valor inserido, a câmara calcula automaticamente a <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/08/nocoes-basicas-de-fotografia.html#VelocidadeDoObturador">velocidade</a> de forma a obter a <a href="https://focaessafoca.blogspot.com/2010/08/nocoes-basicas-de-fotografia.html#Exposicao">exposição</a> correcta. Nas Canon este modo chama-se <b>Av</b> e nas Nikon <b>A</b>. Para outras marcas encontrarás facilmente esta opção no manual de instruções.
<br/>
<br/>
No exemplo em baixo, usei aberturas diferentes à mesma distância para comparar os resultados. Para a primeira foto escolhi o modo de "Prioridade à Abertura" e optei pela abertura máxima possível nesta lente (f/5.6). Na segunda foto especifiquei uma abertura mais pequena (f/13).
<br/>
Como podes ver, com uma abertura maior conseguimos um fundo muito mais desfocado, ou seja, uma profundidade de campo menor.
<br/>
<br/>
<table>
<tr>
<td>
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEju5P47HsZZUzlv_Pmz7nJL4ALSia-UDghhDO-We9bozvRizP_jIYwawstm3sf3EDAHLY8S9HKYSZvZ-_c5FAnuYcatvZipoC3YguQLoYNlJh-TgV1-HnbRZ_dxcqLJUsd21k4jfupMo-Y/" width="300" />
</td>
<td>
<img width="300" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc8IIwCLobzElO8ZhomkgisZhYiSGVf0BuvZgHOjRLoD3BEmCxeK59U1WlnZ8rpKa7w9LXjts7EB5qKUmJbbCPkPJbIkKHtu8wCYR8IdD98rnLoXIiqYSXWbO0wYccAo-NZPq4B1C41pw/" />
</td>
</tr>
<tr>
<td valign="top">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Abertura maior (f/5.6)</span>
</td>
<td valign="top">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Abertura menor f/13</span>
</td>
</tr>
</table>
<br/>
<br/>
Mas não é apenas com a abertura escolhida que controlamos a profundidade de campo. A distância a que estamos do objecto a focar e a distância deste ao fundo vão também determinar a profundidade de campo que iremos conseguir, ou seja, até que ponto o fundo da imagem ficará desfocado.
<br/>
Como podes ver no exemplo abaixo, utilizando a mesma abertura, na imagem em que o objecto está mais próximo conseguimos um fundo mais desfocado (menor profundidade de campo). Por outro lado, na imagem em que temos o objecto principal mais afastado, o fundo está bastante mais focado.
<br/>
<br/>
<table>
<tr>
<td>
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzst0ZyDyfSoNRwfa-SCg-iz8nudXfLsX35L2BoxJSgOP47qIvZIwjHg4jYwbUgPmVljJbarc-5YcokFGJhXKIgr7OZfjuIIVxd7TCct1ecPQRlrGVil35hQvpAxMBRQONrFKJ6Xv_HKE/" width="300" />
</td>
<td>
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG2ySlB-5jG31cLJA9ifulWNEbvyYpmf8K9lO-VDyeBF4VX8oG4xrvLi7d98A5DlyLLf5zftRYRJAFeTNjYdIDRES7YEMnfu8zzfA62-R1vDGksNulRULiRehAZJuqK9L_Rnw44J0YVGU/" />
</td>
</tr>
<tr>
<td valign="top">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Mais perto (f/5.6)</span>
</td>
<td valign="top">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Mais longe (f/5.6)</span>
</td>
</tr>
</table>
<br/>
É importante referir que, se não me tivesse afastado fisicamente do objecto mas tivesse usado uma distância focal menor (menos zoom), o efeito na profundidade de campo teria sido exactamente o mesmo.
<br/>
<br/>
<br/>
Agora não há nada como pôr os conceitos em prática para os compreender a 100%. Consulta o manual da máquina para saberes como escolher o modo de "Prioridade à Abertura" e experimenta com diferentes aberturas e distâncias.
<br/>
<br/>
Podes usar o espaço de comentários para dúvidas e sugestões!Mário Pereirahttp://www.blogger.com/profile/04819114825173346317noreply@blogger.com25tag:blogger.com,1999:blog-296540915691810245.post-90983392718132517682010-09-01T14:52:00.007+01:002023-06-19T11:42:08.554+01:00Noções Básicas de FotografiaJá há algum tempo que as máquinas fotográficas são tão automáticas que a grande maioria dos utilizadores não sabe o que significam termos como <i>velocidade do obturador</i>, <i>abertura</i> ou <i>profundidade de campo</i>. E porque é que haveriam de querer saber? A resposta é simples: Para poderem fotografar da forma que querem e não da forma que a máquina quer.
<br/>
Vou tentar descrever os conceitos básicos da fotografia sem entrar em grande detalhe. Este <i>post</i> é uma introdução e estes conceitos vão ser desenvolvidos de uma forma mais aprofundada em <i>posts </i>futuros.
<br/>
<br/>
<br/>
<h2>Luz</h2>
<br/>
A palavra fotografia significa "desenhar com a luz"<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Fotografia" target="_blank">[1]</a>. </span>De uma forma muito resumida a fotografia é "desenhada" com a luz que é captada pelo sensor da câmara - sem luz não haveria fotografia. Ou melhor... haveria uma fotografia preta! :)
<br/>
É importante conhecer a luz e saber quando se pode aproveitar a luz natural, quando é necessário recorrer a luz artificial ou até mesmo combinar as duas.
Este é sem dúvida o conceito mais importante porque todos os outros estão ligados a ele directa ou indirectamente.
<br/>
<br/>
<br/>
<a name="Exposicao"><h2>Exposição</h2></a>
<br/>
É a quantidade de luz que é captada pelo sensor.
<br/>
<br/>
<table cellpadding="0">
<tr>
<td>
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaVJq0si6x7bUuhC3-KEwn9CcRwBNrp-ATsVXy_lHAOzyHclifFjIjyYTczkye65o7hHQv9-9yQc1zQ4_9u7V4F3qJp52mWmxbSATfwLGpJxUzaLNaohUDzSBfM-BsziKlgafoRC-Ww7E/s320/IMG_5484.jpg" width="200" alt="Fotografia sobre exposta" />
</td>
<td>
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh75jLg8o8YhmUe89b5fvzM-LFP3CNYNXn75hMAauo95oKth53QPf1Kp9i0-aDAJ4SkUP7gBqauj-qqWzHu3CIy8x06caA8Lf2VytpuSSYbWmKniXjA8xojFuxZpyPRyPTrbuRRWoo6u2g/s320/IMG_5484.jpg" width="200" alt="Fotografia sub exposta"/>
</td>
<td>
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgriIbr8VToZQj1_1UEygYArm3N6ZHSTaH9CScO7lV3kvArt-FMYIpMbFY-jHvk-WgqCOgnzKEyFq51onIzL-91QboTFH7tythynNRcUKgGeffPXAgyBLIVzNy3Rc6QAJmc8FO7eviBHXo/s320/IMG_5484.jpg" width="200" alt="Fotografia com exposição correcta"/>
</td>
</tr>
<tr>
<td valign="top">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Com demasiada luz a foto fica <b>sobre-exposta</b> e perde detalhe nas partes mais claras.</span>
</td>
<td valign="top">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Com pouca luz a foto fica <b>sub-exposta</b> e perde definição nas partes mais escuras.</span>
</td>
<td valign="top">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Com a quantidade certa de luz conseguimos uma exposição equilibrada.</span>
</td>
</tr>
</table>
<br/>
Já veremos em futuros <i>posts</i> como configurar a medição da exposição na câmara quando, como na imagem abaixo, existem zonas com luminosidade muito diferente.
<br/>
<br/>
<table cellpadding="4" width="100%">
<tr>
<td align="left">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBtPMWgkdbP140AaAZPpT0DMsEUonX7sJ71yaj4WCxl2VcPTLsLnmRSPjBj41SS4vz5P9E2KFtDt5GgSJBDQg124KFG6vA6EsUcs_qEoect8CTQfNLL7UUp3J7r04GvnhUxwF_8DMEyk8/s320/IMG_4859.jpg" width="300" />
</td>
<td align="left" valign="top">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Esta imagem está exposta de forma a que o sol fique com a exposição correcta. O resto da fotografia ficou sub-exposto.</span>
</td>
</tr>
</table>
<br/>
Entender o que é a exposição e como ela limita a fotografia é essencial para conseguirmos captar as imagens como as idealizamos.
<br/>
<br/>
<br/>
<a name="VelocidadeDoObturador"><h2>Velocidade do Obturador</h2></a>
<br/>
A velocidade do obturador ou tempo de exposição define o período de tempo que deixamos o sensor da máquina exposto à luz. Sempre que pressionamos o botão do obturador estamos a abrir uma "cortina" à frente do sensor de forma a deixar a luz passar e gravar a imagem.
Já deves ter visto na câmara ou nos detalhes de uma fotografia no computador um valor representado da seguinte forma: 1/30, 1/60, 1/125 ou 1/1000. Este valor representa o tempo, em segundos, que o sensor está exposto à luz. Normalmente é uma fracção de segundo mas pode ser de vários segundos, minutos e até horas!
<br/>
E como é que este valor influencia a fotografia? De duas formas:
<ol>
<li>Quanto mais tempo a "cortina" estiver aberta mais luz é captada pelo sensor e, quanto mais luz, mais exposta (clara) fica a fotografia. A relação não podia ser mais simples: <b>o dobro do tempo deixa entrar o dobro da luz</b>. Por exemplo, 1/30 deixa entrar o 2 vezes mais luz que 1/60.</li>
<li>A velocidade também é responsável pela forma na qual os objectos ficam gravados na imagem. No exemplo abaixo podes ver duas fotografias tiradas a velocidades muito diferentes.</li>
</ol>
<table>
<tr>
<td>
<a href="https://olhares.aeiou.pt/momentos_de_agua_foto3923273.html" target="_blank"><img border="0" src="https://olhares.sapo.pt/client/files/foto/big/392/3923273.jpg" width="300" /></a>
</td>
<td>
<a href="https://www.fineart-portugal.com/photo/49491/hurry_up" target="_blank"><img width="300" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEime3SskYJs7_-zDChfkGbLztkVzcILs701WwbnN3ftK8SOSlvYPRzAlq-AEyZ6OoGtt8JY27hwoZQeea6_UEPvKoB0BYBDS5VPHy0kFPuj2PW-3-tuxLtIFTLHQdcH6WJSx-MwuOI28xM/s300/move.jpg" /></a>
</td>
</tr>
<tr>
<td valign="top">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Uma fotografia a alta velocidade (1/4000) "congela" a água no ar.</span>
</td>
<td valign="top">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Uma fotografia a baixa velocidade (1/8) cria um efeito "fantasma" arrastando tudo o que se move na imagem.</span>
</td>
</tr>
</table>
<br/>
<br/>
<br/>
<a name="Abertura"><h2>Abertura</h2></a>
<br/>
A abertura refere-se, como o próprio nome indica, à abertura do diafragma da lente.
<br/>
A representação numérica da abertura segue uma sequência de valores um pouco estranha (f/1.4, f/2, f/2.8, f/4, f/5.6, etc) e, de momento, não vamos entrar em detalhes porque a explicação pode ser maçadora e não é relevante.
<br/>
A figura abaixo ajuda a perceber a sequência destes valores e qual o seu significado prático em termos da área aberta no diafragma. Como podes ver, quanto maior o número, menor é a abertura.
<br/>
<br/>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" imageanchor="1" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiad6pznsEYigjEFhNrETRl1nBl8rHRZqlC-YNYfvru4Z0neDqiDSe1_TCdwBIEy3tY0QzIJO8TdGHPuVdjZP_hyXxWgTTpmI1nopX0BUsbyuQZXoB2XxP3HCGrXP71aG2pzLtnNg1tcb8/" /></div>
<br/>
<br/>
E como é que a abertura influencia a fotografia? De duas formas:
<ol>
<li>
Quanto maior é a abertura, maior a quantidade de luz que é captada pelo sensor e, quanto mais luz, mais exposta (clara) fica a fotografia. Aqui a regra do dobro também se aplica. f/2.8 deixa entrar 2 vezes mais luz que f/4 e, 64 vezes mais que f/22.
</li>
<li>
A configuração da abertura também nos permite obter diferentes profundidades de campo.
</li>
</ol>
<table>
<tr>
<td width="350">
<a href="https://olhares.aeiou.pt/diferentes_ou_iguais_foto3791784.html" target="_blank"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiP_U4VXdHI3TEKd2CcHY4GdBDn_rVeulTgG0goCYU0o6wZS3OjMZJNFZ_lzXTiRM_L4OE6ULZozWPTpRpGy2o5MkkNGxAh8HmNacdkQURAd3xbWopTpU6UNev7yBN0I7YHEd_Xhut3kOY/s320/IMG_1168.jpg" target="_blank" /></a>
</td>
<td align="left">
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWjQxHnLFWErf6EEdz3Hcx8UulBDlkuzks9Od7K8oWZ6bX_s9xQ6hSaWyZc47YxovbtIljdvc6BHSkxASRV1Q3IUTxvKavqhHE1BpCNz4SD31JwDDcvuWP7u4HKhO46-_hf5ED7s5TK5A/" />
</td>
</tr>
<tr>
<td valign="top">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Uma abertura grande faz com que elementos mais afastados do ponto de focagem fiquem desfocados (menor profundidade de campo).</span>
</td>
<td valign="top">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Uma abertura pequena deve ser utilizada quando se pretende que objectos a distâncias diferentes fiquem simultaneamente focados (maior profundidade de campo).</span>
</td>
</tr>
</table>
<br/>
<br/>
<br/>
<h2>Conclusão</h2>
<br/>
Qualquer fotografia é a combinação de uma determinada velocidade com uma determinada abertura. O desafio está em compreender, dependendo da situação, qual a melhor combinação para obter o resultado que idealizamos.
<br/>
Os próximos <i>posts</i> terão conteúdo mais prático e dicas de como aplicar estes conceitos.
<br/>
<br/>
Podes usar o espaço de comentários para dúvidas ou sugestões!Mário Pereirahttp://www.blogger.com/profile/04819114825173346317noreply@blogger.com54